Arciprestes de Braga recomendam formação nas Confrarias e Santuários

O Conselho de Arciprestes da Arquidiocese de Braga, que esteve reunido em Elvas durante cinco dias para avaliar o ano pastoral findo e perspectivar o próximo, recomenda que se dê prioridade à formação dos membros das Confrarias e responsáveis dos Santuários. A «revitalização espiritual » das comunidades em que as Confrarias e os Santuários estão inseridos é outra das recomendações apontadas pelos Arciprestes no comunicado final da reunião anual destes coordenadores da pastoral nos arciprestados. Um encontro que, nos anos anteriores, decorreu em Espanha, Balsamão (diocese de Bragança-Miranda) e no Centro de Espiritualidade do Turcifal (Patriarcado de Lisboa). «Tão numerosas na nossa Arquidiocese e tão importantes ao longo dos séculos na vida da Igreja», as Confrarias «devem assumir-se, na fidelidade aos princípios fundadores e às orientações estatutárias, como espaços de fraternidade e como centros evangelizadores entre os irmãos e de comunhão eclesial na comunidade ». «Deve, por isso, dar-se prioridade à formação dos seus membros e à revitalização espiritual das comunidades em que se inserem», propõem os Arciprestes no comunicado final, no qual também se salienta a importância e missão dos Santuários, alguns deles sob a responsabilidade das Confrarias. «Os Santuários são lugares sagrados de vida cristã, cada vez mais procurados, a que a Arquidiocese deve oferecer uma privilegiada, acrescida e organizada atenção pastoral. São muitas as expectativas dos crentes e mesmo dos não crentes em relação aos Santuários e muito diversificadas as razões por que os procuram: como lugar de silêncio, de beleza, de arte, de repouso, de contemplação, de acolhimento da Palavra da Sagrada Escritura, da vivência da Liturgia, de aprofundamento da vida espiritual e de encontro com Deus», indica o Conselho dos Arciprestes, que também recomenda: «As festas promovidas pelas confrarias ou paróquias terão de aceitar a orientação diocesana e assumir a responsabilidade de as tornar verdadeiramente cristãs, libertas e purificadas de elementos não condizentes com a dignidade que devem ter». Pastoral vocacional Reunidos em Elvas poucos dias antes da Ordenação de cinco padres no Sameiro – celebração que ocorrerá hoje, a partir das 15h30, presidida pelo Arcebispo Primaz –, os Arciprestes de Braga também avaliaram os resultados do Ano Vocacional. «A Igreja vive hoje a premência de um olhar novo e de um optimismo realista e consciente em relação à pastoral das vocações. Reconhecendo que é menor o número de vocações, pertence-nos a todos imprimir novo dinamismo na pastoral vocacional, dando continuidade às iniciativas e propostas vividas e acolhidas por toda a Arquidiocese ao longo do Ano Vocacional», lê-se no comunicado aprovado pelos Arciprestes na manhã da passada sexta-feira. Lembram que «os grandes animadores e mediadores vocacionais são sempre os sacerdotes, os religiosos e os consagrados», os quais «devem, em permanência, viver e testemunhar a alegria e a fidelidade de serem chamados e o encanto e a coragem de chamar». «De todos se espera um compromisso constante na atenção aos sinais de vocação em ordem a um acompanhamento corresponsável dos jovens que nas suas comunidades sentem o chamamento de Deus», afirmam ainda os Arciprestes, que, no comunicado, também indicam a missão das famílias, paróquias, seminários, escolas e movimentos apostólicos: também eles/ /elas «devem sentir as suas responsabilidades específicas neste sector e integrar esta dinâmica de uma contínua valorização da pastoral vocacional na nossa Arquidiocese, conscientes que não há nenhum sector da pastoral que não integre esta vertente da vida da Igreja». Com a presença permanente do Arcebispo Primaz e dos Bispos Auxiliares de Braga, o Conselho dos Arciprestes esteve reunido na Quinta de São João, pertencente à Arquidiocese de Évora. Na véspera do regresso a Braga, visitaram a cidade espanhola de Mérida. Nos trabalhos também participaram, mas só numa parte, o secretário da Coordenação Pastoral da Arquidiocese (padre António Sérgio Torres), o assistente do Departamento da Pastoral Familiar (padre Domingos Paulo Oliveira) e o presidente do IDAC – Instituto Diocesano de Apoio ao Clero (padre Carlos Nuno Vaz). No comunicado final também se faz referência à Casa Sacerdotal – apresentada como “santuário de gratidão”, “casa de família” e “escola de vocações” — e incentiva-se a criação de mais equipas de pastoral familiar, nas paróquias e arciprestados.

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Agência ECCLESIA

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