Após vários dias de violência, o Arcebispo libanês apelou a uma reconciliação pacífica entre os grupos sectários e pediu a intervenção do Vaticano. A crise política no Líbano, que dura desde Novembro de 2006, degenerou esta semana em sangrentos confrontos, com os combatentes Hezbollah xiita a abrirem fogo contra os sunitas simpatizantes do poder nos bairros da zona ocidental de Beirute. Nesta manhã de Sábado, dia 10, houve combatentes armados do Hezbollah nas ruas de Beirute, segundo testemunhas locais, mas após vários dias de encerramento alguns estabelecimentos comerciais, padarias e mercados públicos reabriram as portas e alguns habitantes arriscaram-se a sair à rua. “Os libaneses não querem a guerra”, afirmou o Arcebispo cristão Maronita Bechara Rai de Jbeil, insistindo para que os líderes cristãos sejam sensatos e “evitem participar neste conflito armado”. O apelo é para que “façam tudo ao seu alcance para uma reconciliação pacífica entre os dois grupos”, insistiu, sublinhando que se deve fazer tudo para interromper o conflito armado. O Arcebispo Maronita relembra o espírito da exortação apostólica de 1997, “Nova Esperança para o Líbano”, um documento que dá orientações e foi acordado entre muçulmanos e cristãos e pede uma intervenção do Vaticano. “Um Líbano democrático, a convivência entre cristãos e muçulmanos, assim como o pluralismo são a porta para a paz nos países árabes e no Médio Oriente”.