Arcebispo Lajolo explica diplomacia da Santa Sé

O Secretário do Vaticano para as relações com os Estados, Arcebispo Giovanni Lajolo, explicou em entrevista ao jornal indonésio “Kompas” qual é a actividade diplomática da Santa Sé e as suas posições relativamente à separação de poderes entre Igreja Estado e quanto ao diálogo inter-religioso. Recorde-se que na passada semana, o Papa um novo Núncio Apostólico para a Indonésia, o maior país muçulmano do mundo. O escolhido foi o Arcebispo italiano Leopoldo Girelli, que até agora desempenhava funções de conselheiro na Nunciatura Apostólica nos EUA e entrou no serviço diplomático da Santa Sé em Julho de 1987. O Serviço de Informação do Vaticano (VIS) faz hoje eco da entrevista do Arcebispo Lajolo, destacando que, no contexto mundial, o Estado da Cidade do Vaticano é “uma minúscula realidade política” apesar de ser “um verdadeiro Estado”. A sua missão é “garantir a independência do Papa como autoridade suprema da Igreja Católica” em relação a qualquer poder civil. A Santa Sé, por seu lado, é a “suprema autoridade da Igreja Católica, isto é, o Papa e a Cúria Romana”, mas não é um órgão de governo e, por isso, não tem funções políticas. A vasta rede de embaixadas da Santa Sé, as Nunciaturas Apostólicas “não seguem – explica D. Lajolo – questões de política, defesa ou comércio, como as outras embaixadas, mas as questões relativas à liberdade da Igreja e dos direitos humanos”. Quanto à separação de poderes Igreja-Estado, o Secretário do Vaticano para as relações com os Estados refere que “a Igreja não pretende, de modo algum, impor nenhuma lei civil”. Quanto ao diálogo entre Religiões, o Arcebispo italiano assegura que Bento XVI continuará firme neste compromisso “segundo as directivas do Concílio Vaticano II e nas pegadas dos seus predecessores, Paulo VI e João Paulo II”. “É óbvio que um conflito entre culturas, ou pior, entre religiões, poderia dividir os povos ainda mais do que já estão”, alertou.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top