Arcebispo diz que a situação no Iraque é uma tragédia

O Arcebispo caldeu de Kirkuk, D. Louis Sako, alertou para o risco de desaparecimento dos cristãos no Iraque. Numa conferência de imprensa, a convite da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) e das organizações Christian Solidarity International e Pro Oriente, o prelado disse que nos últimos cinco anos morreram 750 cristãos e outros 200 mil fugiram do país. Muitos deles residem agora na Síria, Jordânia, Líbano e Turquia e algumas famílias mudaram-se para pequenas cidades do norte do Iraque, onde lutam por trabalho. Segundo este responsável, os cristãos do Iraque estão preocupados com o anúncio da retirada das tropas do país, porque neste momento o maior problema radica na falta de segurança e o exército e a polícia iraquiana ainda não são suficientemente fortes. “Sob o regime de Saddam tínhamos segurança e carecíamos de liberdade; hoje temos liberdade, mas o problema é a segurança”, declarou D. Sako. O Arcebispo também destacou que numerosos iraquianos identificam as tropas norte-americanas – que muitos consideram que invadiram o país para combater o Islão – com os cristãos, o que representa um problema para esta comunidade. D. Sako defendeu a viabilidade do diálogo com os muçulmanos, “não do ponto de vista teológico, mas como um diálogo da vida. Queremos conviver em paz com os muçulmanos iraquianos”. Este responsável pediu solidariedade com os cristãos e que se exerça uma maior pressão política sobre o Iraque. Departamento de Informação da Fundação AIS

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