Arcebispo defende independência do Kosovo

O Arcebispo Zef Gashi, responsável pela diocese de Bar (Montenegro), defende a independência do Kosovo, sua terra natal, classificando esta solução como a mais “justa”. Em declarações à Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), organização católica internacional dependente da Santa Sé, o prelado considera que é preciso um “recomeço” no Kosovo para que a situação não venha a desembocar “numa explosão que não beneficiaria ninguém”. O Kosovo é oficialmente parte da Sérvia, mas o território é administrado pela ONU desde 1999. A maioria albanesa quer a independência, posição que é apoiada pelos Estados Unidos, Inglaterra e França, nomeadamente. A Sérvia opõe-se terminantemente a ceder aquele território que é de facto o berço da nação sérvia, onde foi coroado, em 1216, o primeiro rei da Sérvia, Stefan Nemanja, fundador da dinastia Nemanjic, e onde nos séculos seguintes foram travadas algumas das mais importantes batalhas da sua história. Os sérvios consideram o Kosovo o centro cultural, religioso e político da sua nação e recusam-se a ceder a região, pretensão que é apoiada pelo seu importante aliado histórico, a Rússia. Para o Arcebispo Gashi, natural do Kosovo e trabalhou lá durante longo tempo como pároco, uma população de 2 milhões de habitantes que viveu experiências tão dramáticas e traumáticas como deportações e assassinatos tem “direito a um futuro mais esperançoso”.

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