O arcebispo de Washington, cardeal Theodore McCarrick, encerrou no passado fim-de-semana uma visita de três dias à China, levando consigo promessas de uma maior tolerância religiosa por parte do regime de Pequim. Apesar deste compromisso de respeitar a liberdade religiosa, o cardeal não terá conseguido progressos significativos no que se refere ao restabelecimento das conversações formais entre a China e a Santa Sé. O Governo chinês mandou também o seu recado-pedido aos governos ocidentais, para que não ultrapassassem a linha divisória entre “política e religião”, fonte habitual de atritos entre Pequim e Washington. Segundo a Radio Vaticano, embora a visita do Cardeal tenha sido de carácter privado, ele foi recebido pelo Vice-primeiro-ministro, Hui Liangyu, de religião muçulmana. Avistou-se ainda com o bispo de Pequim, Michael Fu Tieshan, que é também Vice-presidente da Assembleia Nacional Popular, e visitou o Seminário Nacional. O Cardeal McCarrick já visitara a China em 1998, como membro de uma delegação integrada por três cardeais norte-americanos que discutiu com os dirigentes chineses a situação da chamada Igreja Católica clandestina, ou seja, aquela que permanece fiel ao Papa e a Roma.