Arcebispo de Braga presidiu a procissão na Galiza

O Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, presidiu ontem à missa e procissão em honra de São Roque em Celanova, na Galiza, como acontece todos os anos no dia 16 de Agosto. A realização deste cortejo litúrgico, com a participação do Bispo de Ourense e de muitos sacerdotes, está relacionada com uma peste de lepra que terá afectado esta região, e particularmente o convento fundado por São Rosendo, santo natural de Santo Tirso que nasceu há 1100 anos. Esta efeméride motivou a proclamação de um ano jubilar, em curso. Depois da ida dos bispos de Viana do Castelo do Castelo e do Porto, bem como do Bispo Auxiliar de Braga D. Antonino dias, ontem foi a vez do Arcebispo Primaz se associar a estas comemorações. Na missa, o Arcebispo Primaz disse que todo o cristão deve ser um testemunho vivo de Cristo. E que os santos são referência concreta. Daí que, sendo do passado, continuam vivos e desafiam os cristãos a que manifestem Cristo vivo, e nunca como recordação histórica. Importa, por isso, conhecer Cristo para viver como Cristo, que passou a sua vida fazendo o bem. Referindo-se a São Roque, D. Jorge Ortiga disse que ele viveu o espírito das bemaventuranças e continua a interpelar os cristãos para que as vivam, assim como as obras de misericórdia. «Se ele se dedicou aos marginalizados e abandonados por causa da lepra, hoje os cristãos têm de ser protagonistas para a eliminação desta peste onde ela ainda existe como doença que leva à morte desnecessariamente. Há cura; podemos e devemos eliminá-la». Acrescentou que «a sociedade moderna necessita de Cristos vivos, nos cristãos e nas comunidades, empenhados na eliminação de diversos tipos de lepra que matam fisicamente ou destroem o sentido da vida. Há males sociais a denunciar e existem marginalizações e esquecimentos de pessoas que são imperdoáveis. O cristão deve sentir-se inquieto e alertar, suscitando um compromisso». Os sem-abrigo, os drogados, os imigrantes ilegais, as mulheres violentadas e sujeitas ao silêncio, a exploração dos pobres incapazes de exigir… são exemplos – concluiu o Arcebispo de Braga –que suscitam uma solidariedade activa nos cristãos, arriscando a vida como muitos santos o fizeram e continuam a fazer.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top