Arcebispo de Braga contra ritualismo

«A Eucaristia não é um mero preceito ritualista. Apesar de conter características de temporalidade — começa e termina —, como celebração, adquire o significado verdadeiro e torna-se projecto de vida, marcando as coordenadas do “existir”», salientou D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, na Conferência Quaresmal que proferiu, ontem, na Sé bracarense, subordinada à “Espiritualidade Eucarística”. Partindo do documento “Ano da Eucaristia: sugestões e propostas”, da Congregação vaticana para o Culto Divino, o prelado referiu que «são muitos os elementos onde encontrar pistas para a trajectória dessa vida como projecto. Deles emergem comportamentos eucarísticos». Nesse sentido, o responsável reportou-se aos gestos que emanam da “memória”, “sacrifício” e “presença de Cristo”. Assim, da celebração eucarística «brota uma vida brota uma vida marcada pela “gratidão”, pelo sentido de “gratuidade” e “responsabilidade”», pois «recordar o que Deus fez por nós nutre o caminho espiritual». Destacando do documento que «a espiritualidade eucarística deveria impregnar os nossos dias», o Arcebispo de Braga acabou por referir que «se torna particularmente necessário cultivar, quer na celebração da Missa, quer no culto eucarístico fora dela, a consciência viva da presença real de Cristo», numa clara alusão à Carta do Santo Padre “Ficai connosco Senhor” (“Mane nobiscum Domine”). Refira-se que a terceira e última Conferência Quaresmal se realiza, no dia 9 de Março, às 21h00, na Catedral bracarense. D. Jorge Ortiga vai centrar a reflexão na “acção de graças”, “silêncio”, “adoração” e “alegria”. Ainiciativa é aberta a todos os agentes de pastoral.

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