Aproximou-se e caminhou connosco!

Peregrino connosco Enquanto falavam e discutiam, (Jesus) aproximou-se deles e pôs-se com eles a caminho. O relato de Lucas é paradigmático na vida da Igreja. O Papa João Paulo II inculturou com os jovens a experiência do Ressuscitado com os discípulos de Emaús. Os jovens, tal como os discípulos, são encontrados; encontrados depois dos acontecimentos da emancipação da juventude provocada pelo Concílio Vaticano II (nos documentos conciliares e mensagem final), pelos pós-guerra e Maio de 68. Atormentados pelas mutações, o Santo Padre, como Jesus, sossegou os jovens e, confiando-lhes o ministério especialíssimo: Caríssimos jovens, entrego a vós a Cruz de Cristo! Transportai-a pelo mundo, como sinal do amor do Senhor Jesus pela humanidade e anunciai a todos que só em Cristo, morto e ressuscitado está a salvação e a redenção. (João Paulo II, 22 de Abril de 1984), fez deles seus interlocutores privilegiados na evangelização. E, com inspiração ainda centrada no evangelho de Lucas, é no ano da eucaristia, isto é, “ao partir do pão” que se lhes abriram os olhos. “Ele desapareceu da sua presença” – diz o terceiro evangelista. João Paulo II voltou para a casa do Pai. Apóstolo para nós O Santo Padre, sucessor de Pedro, prolonga aos jovens a concretização do seu apostolado. O carinho, o olhar, a proximidade, a afabilidade são as mesmas do Mestre; a força do carácter, as exigências são as mesmas do Apóstolo: participar da Vida, que é Cristo, e dar testemunho da sua ressurreição (cfr Act 1,21-22). A máxima da catequese para o nosso tempo, em que os jovens são os melhores evangelizadores dos jovens, consumou-se com João Paulo II, durante toda a sua vida e acção pastoral, é certo, mas de forma peculiar com as jornadas mundiais da juventude. Com o Papa João Paulo II, os jovens foram a sua família e estavam sempre em família. Em tudo, também na consagração ao Senhor da falta do aconchego de um lar, o Papa incarnou as palavras do apóstolo, “quando me sinto fraco, então é que sou forte (2 Cor 12,10). Por isso, nos últimos vinte anos encontramos várias gerações de jovens, na profundidade da oração, na alegria da participação jovial, na sedutora vocação de evangelizador de outros jovens e ambientes, desde a primeira hora: vós sois a esperança da Igreja e do Mundo. Vós sois a minha esperança (inauguração do pontificado, 22 de Outubro de 1978, depois da conclusão da celebração). Os jovens responderam SIM. E com total disponibilidade consolidaram a esperança e a alegria do Papa, até ao fim, busquei-vos. Agora vós haveis vindo ver-me. E vos agradeço (ultimas palavras atribuídas a João Paulo II). A esperança que o Papa depositou nos jovens, como aliados naturais de Jesus Cristo, fica por completar – afinal, é assim toda a obra evangelizadora: o chamamento do Senhor é sempre para semear. Tão grande sementeira, a do Santo Padre, em tão boa terra, os jovens, será frutuosa. Na vocação, na vida moral, na família, na promoção da vida e da pessoa, no empenho junto dos mais pobres, iclusive com sistemas sociais e econó-micos escravizantes e vazios, continuarão a ressoar pelo mundo as palavras de Jesus, de que o Santo Padre foi servo bom e fiel: não tenhais medo! E os jovens, da geração radical e destemida, passados estes dias de sofrimento e descoberta, vão apressar o seu regresso a “Jerusalém” para anunciar aos outros: é verdade, vimos o Senhor! Está vivo! Obrigado, Santo Padre! M. Oliveira de Sousa Departamento Nacional da Pastoral Juvenil

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