Aproveitar o potencial dos membros da Fraternitas

XI Encontro Nacional da Associação Fraternitas sobre “Leitura sociológica da frequência na Missa Dominical” e o “Papel da Mulher na Igreja”. Com o intuito de estarem actualizados “em temas teológicos e socio-pastorais”, a Associação Fraternitas realizou, de 23 a 25 de Abril, em Fátima, o XI Encontro Nacional que abordou duas temáticas: “Leitura sociológica da frequência na Missa Dominical” e o “Papel da Mulher na Igreja”. Atendendo à “queda nítida da frequência à prática dominical”, a Associação Fraternitas convidou o professor da UCP, Marinho Antunes, que explicou aos presentes que “a juventude tem muito por onde se dispersar” – disse à Agência ECCLESIA José Sampaio Ferreira, da direcção da Fraternitas. Para além deste motivo, este membro referiu também que o “desaparecimento do tradicionalismo” coloca as pessoas noutro patamar. Estas buscam o “porquê de tudo” mas os que vão à missa são “mais convictos”. A Associação Fraternitas é constituída por padres dispensados do ministério sacerdotal e conta, actualmente, com cerca de 100 sócios. José Sampaio Ferreira é um dos membros desta associação e recordou os tempos da sua juventude: “quando era criança tinha de ir à missa ao Domingo senão era pecado mortal”. O medo desapareceu e os que vão é porque querem encontrar-se “com Deus e com os irmãos”. Apesar deste encontro é “muito triste estarmos na igreja e não nos interessarmos por quem está ao lado”. E adianta: “não há comunhão”. Aos membros da Associação Fraternitas foi pedido para que exerçam “o seu ministério de cristãos” e que saibam “ler os acontecimentos e factos de hoje” – disse José Sampaio. Em relação ao papel da mulher na Igreja, este elemento da direcção da Fraternitas sublinhou que as “mulheres não podem estar num plano secundário”. E exemplifica: “tanto na Universidade como noutras actividades elas dominam”. Portanto, as mulheres podem “ser testemunhas vivas do cristianismo autêntico” e “não há direito nenhum de serem colocadas de lado”. Como padre casado, José Sampaio considera que esta realidade “está melhor” porque “a Fraternitas contribuiu para isso”. Mas recorda acontecimentos passados: as nossas mulheres quando resolveram “casar connosco eram estupores” porque “desencaminharam os padres”. A situação melhorou mas ainda “existem alguns que acham que nós somos uns falhados”. Algumas paróquias aproveitam os padres dispensados do seu ministério sacerdotal mas – lamenta José Sampaio – “não há razão de ordenarem diáconos permanentes à pressa e ponham de lado o potencial imenso que têm em nós”.

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