A nova edição do “Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo” retrata uma situação crítica, a nível mundial, da liberdade de culto. Os conflitos militares, o terrorismo e as ditaduras contribuíram para as situações mais alarmantes que se verificam em países como o Iraque, a China, Cuba ou a Nigéria, onde quotidianamente ocorrem atropelos aos direitos humanos, sequestros de sacerdotes e religiosas, bem como outras violações à liberdade religiosa. O documento foi apresentado à comunicação social na última semana em Roma, na Câmara dos Deputados, pelo Cardeal Renato Martino (presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz), Pier Ferdinando Casini (presidente da Câmara dos Deputados) e Attilio Tamburrini (presidente do Conselho de Administração da AIS/Itália), entre outros. “Durante os últimos anos, estes relatórios tem sido bem acolhidos tanto nos sectores seculares e católicos, eclesiais e políticos”, referiu Attilio Tamburrini na conferência de imprensa. “O carácter único deste trabalho consiste no facto de uma organização católica se interessar pela situação vivida por crentes de outras confissões religiosas, porque o direito à liberdade de culto é um direito absolutamente natural”, acrescentou. O Cardeal Renato Martino recordou o Concílio Vaticano II e a declaração Dignitatis Humanae, que consagra precisamente a liberdade religiosa como “um direito natural, fundado na dignidade da pessoa humana”. Este documento analisa a situação da liberdade religiosa em cada país, com base nos testemunhos de representantes da Igreja local, documentos oficiais, artigos de agências de notícias e outros media especializados em assuntos religiosos, bem como nas informações fornecidas por organizações de direitos humanos. A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre vai editar brevemente este relatório em língua portuguesa. A edição portuguesa irá disponibilizar informação estatística actualizada e novos conteúdos internacionais. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre