Aposta ganha

O entusiasmo foi tão grande que nas despedidas já se dizia “até para o ano”. No rescaldo do Festival Jota, muitos já foram os pedidos para que o Festival encontre a sua segunda edição. Muitos jovens foram vistos como “diferentes”. “Com todas as actividades, e centrando-nos na música, conseguimos proporcionar um encontro aos jovens consigo mesmo, com os outros e com Deus”. Pela avaliação das pessoas “o objectivo foi atingido”, dá conta à Agência ECCLESIA o Pe. Jorge Castela, director da Pastoral Juvenil da Guarda e dinamizador do Festival Jota. Actividades sem fim preencheram os dias do Festival. Dança contemporânea, hip hop, pinturas faciais, «tererês», Karaté, taekwondo, rapel, slide, oficinas de instrumentos musicais como viola ou bateria, oficinas de reflexão, jogos vários – cartas, malha, arco – aeróbica, cavalos para fazer equitação, catequese, momentos de oração, espaço para o sacramento da reconciliação, para celebração eucarística, demonstração de pirotecnia, visitas guiadas à Serra da Estrela e à cidade da Covilhã, caminhadas, e houve ainda a possibilidade de dar uns mergulhos. Tudo isto durante o dia, porque para a noite estava reservada muita música. A música cristã é “essencial para os jovens”, pois é um dos “melhores meios para passar a mensagem”. O Pe. Jorge Castela acredita ser mais fácil os jovens pensarem na mensagem de uma música do que “reflectirem sobre textos”. Em termos de pastoral juvenil esta é “uma das melhores formas de evangelização”. A música leva também a mexer e a meditar. Mas é preciso mais, “precisamos de sair do circuito comercial religioso, que passe para o circuito dos grandes artistas”, porque a “qualidade mostrada no Festival foi grande e merece destaque”. As inscrições fora da diocese da Guarda chegaram em maioria. Esta dinamização “ultrapassou largamente os jovens da diocese” (inclusivamente estiveram presentes espanhóis e alemães). De qualquer forma, Pe. Jorge Castela assume que o Festival “teve uma dimensão nacional”. A pastoral juvenil da Guarda está optimista em relação ao entusiasmo dos jovens, “D. Manuel Felício está também exultante e quer conversar connosco”. No entanto, um balanço consciente e sereno é pedido agora. Esta fórmula “foi ganha e deve ser continuada, sabemos que é preciso ir mais longe, mas precisa de maiores condições”. O trabalho realizado foi feito “com muita simplicidade e para continuar com este projecto essa simplicidade tem de continuar”. É preciso fazer uma avaliação “com cabeça fria”. O director da Pastoral Juvenil da Guarda não esconde a vontade de organizar novamente o Festival, mas “é preciso avaliar outras situações”. Foi um “esforço enorme, a continuar as dimensões serão maiores e precisamos avaliar se podemos ou não repetir”. A responsabilidade é grande e precisa ser analisada de forma consciente, “até porque não trabalhamos para a organização de um evento, mas pela evangelização”. A continuar com o projecto “há pensar em parceiros maiores, que em termos económicos nos dêem outro suporte, e com uma envolvência a nível nacional”, garante. Apesar de algumas pressões para repetir a fórmula, “não nos queremos iludir com o entusiasmo que vimos, vamos analisar com responsabilidade”.

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