APFN lança programa de cálculo de projecções de população

A idade média da população portuguesa continuará a subir linearmente à razão de um ano em cada cinco anos, se nada for feito, mantendo-se constante o actual Índice Sintético de Fecundidade, alerta o Programa Cálculo de Projecções de População Residente (CPPR) que a Associação Portuguesa das Famílias Numerosas (APFN) vai apresentar publicamente no dia 27 de Janeiro, em Lisboa. Os resultados para 2050, no mais provável dos cenários analisados, apontam para uma forte erosão da base da pirâmide etária portuguesa, um decréscimo acentuado da taxa da natalidade, uma redução em cerca de 40% do número de crianças em idade de entrar no ensino obrigatório, menos 30% de jovens com 18 anos, e uma redução de 60% no número de jovens com 21 anos, idade para entrar no mercado de trabalho. O novo software foi desenvolvido pela APFN em colaboração com dois docentes da Universidade Nova de Lisboa, João Mexia e Paulo Canas Rodrigues, e permite a qualquer pessoa ou entidade realizar cálculos de projecção até 100 anos da população portuguesa, bastando, para tal, inserir as variáveis do Índice Sintético de Fecundidade e movimento migratório previstos. O CPPR possui como base de funcionamento a pirâmide etária de 2004; o modelo de mortalidade em Portugal desenvolvido pelos dois docentes da UNL; um aumento previsto da esperança média de vida de um ano a cada cinco anos; e a taxa média de natalidade por mulher em idade fértil observada nos últimos anos. O programa é disponibilizado gratuitamente no site da associação, em www.apfn.com.pt Estes dados e o programa informático vão ser apresentados no sábado, dia 27 de Janeiro, em Lisboa, o seminário “Inverno Demográfico. Que respostas?”.

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