A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) critica duramente a campanha lançada pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), para assinalar, hoje, o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres. No âmbito dessa campanha, lançada pela APAV, foram emitidos postais, representando uma casa com o letreiro “Cuidado com o Marido”, bem como um “spot” radiofónico, onde a fórmula do matrimónio, segundo a APFN, é “gozada” com uma voz masculina a prometer à sua futura mulher um futuro de violência. Na opinião da APFN, a campanha põe em causa os fundamentos do casamento, como base de uma família estável. No comunicado enviado pela direcção nacional da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, fala-se «uma ofensa para os 5.139.592 portugueses casados», além de ser reveladora de que a APAV, «no seu meritoso objectivo de combater a violência doméstica, tem falhado, rotundamente, o alvo. Pior ainda, ao eleger o casamento como o seu alvo, está, na realidade, como os números o bem demonstram, a promover a violência doméstica». Na base desta opinião manifestada pela APFN, está um estudo sobre a incidência de violência divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística. De acordo com esses dados, os separados, os divorciados e aqueles que vivem em união de facto são aqueles que apresentam maiores índices de violência. Resultados que levam a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas a afirmar que esta campanha «manifesta falta de gosto», além de estar «contra todo o conhecimento científico internacional nesta matéria». Porque «todos os estudos mostram que a família fundada no casamento é aquela que, de longe, garante melhor segurança para os seus membros».