Ano Paulino a caminho

Figura central da Igreja primitiva é recordada nos 2000 anos do seu nascimento Bento XVI vai presidir no próximo dia 28 de Junho, às I Vésperas da Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo. A cerimónia, na Basílica de São Paulo fora de muros, deverá ficar marcada pela proclamação de um ano dedicado a São Paulo, em preparação dos 2000 anos do nascimento do Apóstolo. O ano paulino irá prolongar-se de 29 de Junho de 2008 a 29 de Junho de 2009. Hoje, na saudação aos fiéis reunidos na Basílica de São Pedro – os que não tiveram lugar na sala Paulo VI para a audiência geral -, o Papa lembrou a Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, falando do “seu exemplo e da sua constante protecção”. Paulo de Tarso Paulo foi uma das figuras que marcou, de forma decisiva, a história do Cristianismo, o Apóstolo que anunciou o Evangelho em todo o mundo antigo, sem nunca vacilar perante as dificuldades, os perigos, a tortura, a prisão ou a morte. Nasceu na cidade de Tarso, na Silícia, numa família judaica na diáspora, mas com cidadania romana. Paulo não foi primariamente um escritor, mas um rabino convertido na célebre “Visão de Damasco” (Act 9,1-19; Act 22,4-21; Act 26,9-18) que percorreu muitos milhares de quilómetros, anunciando de cidade em cidade o “Evangelho” da morte e ressurreição de Jesus. Morreu em Roma, no ano 67. O nome de Paulo aparece como autor de 13 Cartas do Novo Testamento, escritas a diferentes comunidades, ao longo de uns cinquenta anos: Romanos, Gálatas, 1 Tessalonicenses, 1 e 2 Coríntios, Filipenses e Filémon; 1 e 2 Timóteo, Tito, Efésios, Colossenses, 2 Tessalonicenses. Teologicamente falando, Paulo assimilou o sistema teológico dos cristãos de origem helenista, que antes perseguia, e começou a pregação contra o sistema judaico, que antes seguia com rigor de fariseu. Os próprios judeo-cristãos de Jerusalém foram certamente poupados na sua “perseguição” ao Cristianismo nascente, porque salvavam a relação umbilical entre Cristo e Moisés e não pareciam a Paulo mais do que um “desvio” farisaico. Esta inculturação do Evangelho na cultura helenista – tipicamente citadina – levou Paulo, homem da cidade, a utilizar uma linguagem mais teológica e abstracta, própria do ambiente evoluído em que pregou o Evangelho, em contraposição com a linguagem campestre utilizada por Jesus no ambiente agrícola e pastoril da Palestina. Consultar Wikibiblia – www.capuchinhos.org/biblia

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