Ano B – 04.º Domingo da Páscoa

Seguir Cristo, o único Pastor

Neste quarto Domingo da Páscoa, Domingo do Bom Pastor, celebra-se o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Jesus é o Bom Pastor que chama e cuida das suas ovelhas, as pessoas que respondem ao seu apelo tornando-se seus discípulos.

O Evangelho apresenta Cristo como o Pastor modelo, que ama de forma gratuita e desinteressada, até ser capaz de dar a vida pelas ovelhas, que podem confiar n’Ele de forma incondicional. O que é decisivo para pertencer ao rebanho de Jesus é a disponibilidade para escutar as propostas que Ele faz, seguindo-O no caminho do amor e da entrega.

As outras leituras devem ser acolhidas à luz do Evangelho. Na primeira, Pedro afirma que Jesus é o único Salvador e avisa-nos para não nos deixarmos iludir por outras figuras, por outros caminhos, por outras sugestões que nos apresentam falsas propostas de salvação. Na segunda leitura, João convida-nos a contemplar o amor de Deus por nós, a integrar a sua família e a tornarmo-nos semelhantes a Ele.

Todos temos as nossas figuras de referência, os nossos heróis, os nossos mestres, os nossos modelos. Para o cristão, o Pastor por excelência é Cristo.

Reparemos na forma como Cristo desempenha a sua missão de Pastor: não atua por interesse, mas por amor; não foge quando as ovelhas estão em perigo, mas defende-as, preocupa-Se com elas e até é capaz de dar a vida por elas; mantém com cada uma das ovelhas uma relação única, especial e pessoal, conhece os seus sofrimentos, dramas, sonhos e esperanças.

No rebanho de Jesus, não se entra por convite especial, nem há um número restrito de vagas a partir do qual mais ninguém pode entrar. A proposta de salvação que Jesus faz destina-se a todos os homens e mulheres, sem exceção.

Na sua mensagem para este dia e em Ano jubilar de São José, o Papa Francisco apresenta-nos o exemplo de São José para reavivar a nossa vocação: “Deus vê o coração e, em São José, reconheceu um coração de pai, capaz de dar e gerar vida no dia a dia. É isto mesmo que as vocações tendem a fazer: gerar e regenerar vidas todos os dias. O Senhor deseja moldar corações de pais, corações de mães: corações abertos, capazes de grandes ímpetos, generosos na doação, compassivos para consolar as angústias e firmes para fortalecer as esperanças. Disto mesmo têm necessidade o sacerdócio e a vida consagrada, particularmente nos dias de hoje, nestes tempos marcados por fragilidades e tribulações devidas também à pandemia que tem suscitado incertezas e medos sobre o futuro e o próprio sentido da vida”.

Por intercessão de São José, procuremos renovar a nossa resposta quotidiana aos apelos de Deus, recentrando a nossa vocação em Cristo, Bom Pastor.

Manuel Barbosa, scj
www.dehonianos.org

 

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