Angra: Professores de Educação Moral e Religiosa Católica estiveram «sempre em contacto» com alunos

Disciplina tem 13 mil inscritos no arquipélago

Angra do Heroísmo, Açores, 16 jun 2020 (Ecclesia) – O coordenador regional dos professores da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), na Diocese de Angra, afirmou que o ano letivo 2019/2020 “foi difícil, mas correu muito bem”, com mais de 13 mil alunos.

“Estivemos presentes, acompanhamos os alunos à distância, criámos aulas virtuais e estivemos sempre em contacto com os alunos; por isso só posso estar grato a todos pelo empenho e pela dedicação”, disse Bento Aguiar ao sítio online ‘Igreja Açores’.

Por causa da pandemia de Covid-19, o Governo português suspendeu as aulas presenciais no final do segundo e em todo o terceiro trimestres, os alunos passaram a ter aulas online e os professores trabalharam a partir de casa, a partir de 16 de março, como medida preventiva de propagação do novo coronavírus.

“O balanço que fazemos é que nos Açores, nas oito ilhas onde existe a oferta todos os professores mantiveram um contacto muito próximo com os alunos em todos os níveis de ensino”, indica Bento Aguiar, que é também delegado do Serviço Diocesano da Pastoral Escolar na ilha de São Miguel.

O coordenador regional dos professores da disciplina de EMRC contextualiza que os alunos frequentam “esmagadoramente o segundo e terceiro ciclos” (do 5.º ao 9.º ano de escolaridade), no primeiro ciclo do Ensino Básico “ainda há quatro ou cinco escolas que não têm a disciplina” enquanto no Ensino Secundário “o número de matrículas é residual”, “um desafio como está a ser também o Ensino Profissional”.

De oferta obrigatória e frequência facultativa, a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica tem mais de 13 mil alunos no Arquipélago dos Açores.

O coordenador regional assinala que as inscrições dependem “muito da opção consciente dos encarregados de educação e dos próprios alunos” na escolha desta disciplina.

“Para já, o que queremos é continuar a estudar as melhores formas de promovermos e desafiarmos os alunos a inscreverem-se nesta disciplina”, indica Bento Aguiar.

O sítio online informativo da Diocese de Angra adianta que, no início do próximo ano letivo 2020/2021, 18 professores que possuem licenciatura noutras áreas do saber vão estar habilitados legalmente para lecionar a disciplina de Educação Moral Católica, mas ainda têm de se inscrever no mestrado para obterem a profissionalização e pedir a agregação aos quadros das escolas açorianas.

Bento Aguiar assinala que os docentes “estão empenhados em melhorar a sua formação” e este momento “é uma grande felicidade”, porque dentro de dois anos “todos os professores” de EMRC das escolas do arquipélago vão poder “candidatar-se aos quadros da região”.

A lei prevê a oferta obrigatória da disciplina curricular de Educação Moral e Religiosa Católica do Ensino Básico ao Secundário; neste ano letivo 2019/2020, passou a integrar as matrizes dos cursos profissionais (Decreto-Lei nº 55/2018, de 6 de julho).

A Concordata assinada em 2004 entre Portugal e a Santa Sé consagra a existência da disciplina de EMRC, sendo os professores propostos pelos bispos, nomeados pelo Estado e pagos pela tutela; é uma componente do currículo nacional, de oferta obrigatória por parte dos estabelecimentos de ensino e de frequência facultativa.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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