Açores: «Irei fazer de tudo para conhecer e amar o que é a especificidade de cada ilha» – D. Armando Domingues

Novo Bispo de Angra disse que «quer ouvir os leigos» e seguir a agenda dos jovens

 

Foto Agência ECCLESIAHM

Angra do Heroísmo, 15 jan 2023 (Ecclesia) –  D. Armando Domingues falou aos jornalistas antes de iniciar o seu Ministério Pastoral, na Sé de Angra, e disse que quer “descobrir as nove ilhas”, “colocar a agenda dos jovens na sua agenda” e na sua missão quer “ouvir os leigos”.

“Tenho lido muito sobre os Açores como nunca li na vida, sinto grande tranquilidade e confiança, o património de todas as ilhas dos Açores, património histórico, cultural, natural e humano, e também eclesiástico, recursos humanos e colaboradores, durante quase 500 anos fizeram uma bela igreja, resta-me ser fiel e seguir os passos desta história que a Igreja de Angra tem”, afirmou D. Armando Domingues aos jornalistas. 

O novo bispo chega com “as expetativas de quem chega pela primeira vez a um lugar”, quer “descobrir melhor” o povo açoriano e sente o “desafio fantástico” de “compreender que a geografia é tão importante como a história”. 

“Irei fazer de tudo para conhecer e amar o que é a especificidade de cada ilha, tenho este privilégio de descobrir nove parcelas diferentes”.

Foto: Agência ECCLESIA/HM

No ano da Jornada Mundial da Juventude, a realizar em Lisboa no próximo mês de agosto, D. Armando Domingues assume que quer “colocar a agenda dos jovens na sua agenda”.

“Gostaria de dar o meu contributo para que toda a juventude açoriana sentisse a importância deste primeiro grande ajuntamento de todo o mundo após o início da Covid 19, trazer o mundo a nossa casa, muitos virão para as ilhas, e vou colocar na minha agenda de bispo a agenda dos jovens, vou-lhes fazer esse pedido que me deixem participar de alguma forma, não a ensinar mas caminhar com eles”, explica.

Recém chegado a uma diocese que pretende conhecer melhor, D. Armando Domingues refere que está “focado num sonho de um tipo de Igreja” em que todos caminham. 

“Mudanças certamente haverá, é normal, mas vai ser ouvir os que querem mudar e perceber onde as pessoas podem ser mais úteis; não irei decidir sozinho mas pedirei a opinião das pessoas, também dos leigos, é muito importantes que os leigos sintam que aquilo que tem a ver com todos seja contributo de todos”.

Oriundo de uma família numerosa, o novo bispo de Angra destacou a “relação muito forte com todos” e, neste dia da entrada solene, surpreendeu-se ainda com a presença de tantos bispos portugueses em Angra.

Foto Agência ECCLESIA/HM

“Para mim é surpresa, comove-me, há uma fraternidade que o mundo não colhe, ser bispo não é fácil, é ser o primeiro a assumir as fraquezas da Igreja que sofre e, por isso, ter aqui hoje quase a conferência episcopal, sentimo-nos mais irmãos porque o mundo nos pede isto; estou tão agradecido aos que aqui estão comigo, dão-me força para não ter qualquer receio”, assume.

A Diocese de Angra vai receber este domingo o seu 40.º bispo, D. Armando Esteves Domingues, de 65 anos, nomeado pelo Papa Francisco a 4 de novembro do último ano.

A entrada solene na diocese está marcada para as 17h00 (18h00 em Lisboa), na Catedral de Angra, depois da tomada de posse perante o Colégio de Consultores, organismo representativo do clero.

D. Armando Esteves Domingues nasceu a 10 de março de 1957 em Oleiros, Diocese de Portalegre-Castelo Branco; foi ordenado padre 13 de janeiro de 1982, na Diocese de Viseu.

A 27 de outubro de 2018, o Papa nomeou-o como auxiliar da Diocese do Porto, tendo sido ordenado bispo a 16 de dezembro de 2018, na Catedral de Viseu.

Na Conferência Episcopal Portuguesa, D. Armando Esteves Domingues preside à Comissão Missão e Nova Evangelização.

HM/SN

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Agência ECCLESIA

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