«Presbítero deve ser, no relacionamento com todas as pessoas, o homem da missão e do diálogo» – D. João Lavrador
Ponta Delgada, Açores, 07 set 2020 (Ecclesia) – O bispo de Angra presidiu este domingo à ordenação seis sacerdotes diocesanos, a quem disse que o padre “deve ser, no relacionamento com todas as pessoas, o homem da missão e do diálogo”.
“É a partir do mandato de Jesus Cristo de fazermos o mesmo que Ele próprio fez, traduzindo o amor em serviço total a todo o ser humano sobretudo aos mais excluídos e marginalizados que saborearemos agradecidos o dom que o Senhor faz à Sua Igreja de Angra de seis novos presbíteros e três novos acólitos”, referiu D. João Lavrador, na igreja de São José, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel.
Na homilia da Missa, divulgada pelo sítio online ‘Igreja Açores’, o bispo de Angra afirmou que na vida sacerdotal “não há lugar ao comodismo, à inércia, ao isolamento ou ao fixismo, muito pelo contrário”.
Em vós, jovens, sentimos a experiência do amor de Jesus Cristo, o convite a identificarmo-nos com Ele, a olharmos à nossa volta e descobrirmos os lugares onde exercitar esse amor, servindo a pessoa e a sociedade, mas sobretudo a reconhecermos que o amor exige uma entrega total que só o será na imersão da Fonte do Amor que é Deus”.
Os novos sacerdotes eram alunos do sexto ano do Seminário Episcopal de Angra e são todos naturais da ilha de São Miguel: Igor Oliveira, Aurélio Sousa, Pedro Carvalho, João Farias, Sandro Costa, Nuno Pacheco de Sousa.
“Pela ordenação presbiteral sois os primeiros que ireis servir a comunidade cristã e a comunidade humana formando-as nos caminhos do amor, da misericórdia, da ternura, da reconciliação e do perdão”, observou D. João Lavrador.
O bispo de Angra assinalou que “nada na vida pastoral” dos novos padres “terá eficácia e credibilidade” se primeiramente não for experimentado e vivenciado “pessoal e comunitariamente”, por isso, devem integrar-se no “presbitério diocesano e fazer nele o primeiro lugar de experiência de comunhão, de unidade, de reconciliação e de partilha fraterna”.
Segundo D. João Lavrador, o desafio da santidade deve ser vivido pelos sacerdotes como um itinerário da sua vida enquanto construtores de comunidades cristãs “vivas, testemunhais e participativas”.
“Não só sentireis a alegria da vossa entrega total a Cristo, mas oferecereis aos homens e mulheres do nosso tempo o melhor contributo para que também eles se entusiasmem em buscar a Fonte da nossa alegria”, salientou.
Aos novos ordenados, o bispo de Angra pediu que “perante os desafios” que a realidade da pandemia de Covid-19 coloca não temam que “seja a presença do Ressuscitado a traçar o caminho, a abrir horizontes” e a dar “a coragem de viver este momento histórico e único”.
“Urge reconhecer que estamos numa nova fase da história da humanidade. Caros jovens ordinandos, tomai consciência do que isto significa para a vossa vivência sacerdotal e para a vossa ação pastoral: um novo ardor, novos métodos e novas linguagens”, acrescentou.
D. João Lavrador pediu aos sacerdotes para serem “sentinelas”, isto é, estarem vigilantes para “alertar para os perigos” e “saber discernir os sinais dos tempos”, informa o sítio online diocesano ‘Igreja Açores’.
Na celebração, o bispo da diocese açoriana instituiu também três seminaristas, no ministério de acólitos – João Silva, António Santos e Jorge Sousa – que no próximo ano letivo vão frequentar o sexto ano no seminário local.
CB/OC