Angra: Diocese prepara «Rota dos Conventos» e reabertura do Museu de Arte Sacra da Horta

Foto: Igreja Açores

Angra do Heroísmo, Açores, 07 jul 2020 (Ecclesia) – O padre Marco Luciano Carvalho, da Diocese de Angra, anunciou a reabertura do Museu de Arte Sacra da Ouvidoria do Faial, na igreja do Carmo, e a preparação de uma ‘Rota dos Conventos’ por duas ilhas dos Açores.

“Já delineamos uma estratégica que passa pela criação de um roteiro de arte sacra entre o Faial e o Pico que despertasse o interesse dos visitantes pelos conventos que existem nestas duas ilhas e que são riquíssimos do ponto de vista histórico e museológico”, explicou o ouvidor eclesiástico da ilha do Faial.

Ao sítio online ‘Igreja Açores’, da Diocese de Angra, o padre Marco Luciano Carvalho assinala que a ‘Rota dos Conventos’ vai integrar as igrejas de Santa Maria Madalena, São Roque do Pico, São Pedro de Alcântara e Lajes do Pico terminando no Santuário do Senhor Bom Jesus e, no Faial, integraria a Matriz da Horta, a igreja do Carmo e o Convento de São Francisco.

A igreja do Carmo vai acolher do Museu de Arte Sacra da Horta, que não pretende ser “um mostruário de peças”, mas vão ter “uma sala de exposição permanente e duas com exposições temporária”, com as peças do Convento de São Francisco e vão contar com técnicos especializados em permanência, adiantou o sacerdote.

O também reitor da igreja do Carmo explicou que têm muitas peças de estatuária, ourivesaria e paramentaria, destacou uma coleção de esculturas flamengas do século XVI e outras estátuas religiosas dos séculos XVII e XVIII, talha dourada, azulejaria e pintura.

“Queremos que seja um espaço dinâmico que gostaríamos pudesse entrar em atividade no próximo ano”, acrescentou o padre Marco Luciano Carvalho sobre o novo espaço museológico, realçando, ainda, o mobiliário sacro, a paramentaria do século XVIII e as pratas dos séculos XVI, XVII e XVIII.

O futuro museu vai juntar o património da Ordem Terceira do Carmo, Ordem Terceira de São Francisco e outras peças, diocesanas e da ilha do Pico, algumas peças do espólio pessoal de Monsenhor Júlio da Rosa.

O sítio online ‘Igreja Açores’ contextualiza que o Museu de Arte Sacra da ouvidoria foi encerrado por causa do sismo que “abalou violentamente” as ilhas do Faial e do Pico, provocando danos irreparáveis em muitas igrejas, conventos e habitações e a igreja do Carmo tem estado a ser restaurada pela Ordem Terceira do Carmo, com o apoio de entidades públicas nomeadamente autarquia e Governo Regional.

CB/OC

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