Bispo diocesano ordenou sacerdote, a quem foi pedido missão para «Igreja diocesana num tempo de fortes desafios»
Angra do Heroísmo, Açores, 01 jul 2019 (Ecclesia) – O bispo de Angra desafiou o novo sacerdote da diocese a uma vida pastoral “renovada” e apontou o “despojamento, a pobreza e a decisão sem reservas” como condições para servir “a comunidade, a pessoa e a sociedade”.
“Não queiras ser um presbítero mais, nem assumas a postura dos poderes do mundo, mas verdadeiramente o sacerdote que configurado a Jesus Cristo se oferece integralmente ao serviço de Deus e da Igreja, com a força que só o Espirito Santo poderá dar para encetares uma vida pastoral renovada e segundo as exigência da Igreja e como verdadeira resposta ao mundo de hoje”, disse D. João Lavrador, durante a celebração da ordenação sacerdotal de Fábio Carvalho, este domingo, na Sé de Angra.
Numa homilia enviada à Agência ECCLESIA, o prelado apontou “a prontidão, o despojamento, a pobreza e a decisão sem reservas” como condições para um caminho “de libertação pessoal” e para “o serviço da comunidade, da pessoa e da sociedade”.
D. João Lavrador indicou a vida cristã como uma “caminhada de libertação”, não segundo regras do mundo mas “sobretudo segundo a proposta oferecida por Jesus Cristo”.
A ordenação sacerdotal é para toda a comunidade “uma oportunidade de vivência concreta” do “chamamento e envio, da caminhada para a verdadeira liberdade na expressão do amor que une Deus e aos irmãos”.
O sacerdote, indicou o bispo de Angra, “é o homem da comunhão”, de oração, de “meditação na Palavra de Deus”, homem dos sacramentos, da “ascese, na pobreza e na partilha fraterna”, opções que o tornam “testemunha de uma comunidade cristã que se edifica na comunhão e na corresponsabilidade”.
“Com estilo de vida evangélico, o presbítero toma como condição de vida a simplicidade e a humildade de modo que os pobres e os excluídos o reconheçam como próximo e irmão”, sublinhou, na homilia da celebração.
D. João Lavrador falou de uma ordenação num tempo de “fortes desafios para a Igreja diocesana”: “Iniciar um novo estilo de ser e de evangelizar, optando por um dinamismo sinodal”.
“Formação cristã para que cada batizado se sinta membro ativo e participante da vida da Igreja e se reconheça portador da missão evangelizadora que diz respeito a todos os discípulos de Jesus Cristo”, reforçou o bispo de Angra, invocando os 50 anos do Concílio Vaticano II.
LS