Angra: Comunidades paroquiais e leigos incentivados ao serviço social de todos em «situação de carência e de fragilidade»

«Independentemente do credo, da cor da pele, da raça, da ideologia» – Piedade Lalanda

Foto: Igreja Açores

Angra do Heroísmo, Açores, 01 mar 2021 (Ecclesia) – A diretora do Serviço Diocesano da Pastoral Social de Angra incentivou padres e leigos ao serviço e cuidado das pessoas mais frágeis, à cooperação na sociedade, afirmando que este setor “é a Igreja que se abre aos outros”.

“A pastoral social não é a pastoral dos praticantes que vão à Missa ou que frequentam o templo; é a Igreja que se abre aos outros independentemente do credo, da cor da pele, da raça, da ideologia mas que estão numa situação de carência e de fragilidade, que precisa de ser encaminhada para serviços competentes”, disse Piedade Lalanda, ao sítio online ‘Igreja Açores’, da Diocese de Angra.

O Serviço Diocesano para a Pastoral Social de Angra elaborou um “guia” com orientações gerais para organizar e incentivar a “criação ou ativação” de uma pastoral de proximidade nas comunidades, que foi disponibilizado às paróquias no arquipélago e restantes estruturas na Igreja local.

“É extremamente importante, particularmente importante no momento que estamos a atravessar, que as paróquias possam disponibilizar este serviço que é tão importante como a liturgia, os cânticos, a catequese e outras áreas em que os leigos se envolvem”, salientou Piedade Lalanda.

Segundo a responsável, procuraram fazer um ‘Guia da Pastoral Social’ “simples” que mobilize e receba “a adesão das pessoas” para que sejam “todos mais irmãos e mais fraternos”, como desafia o Papa Francisco.

Neste contexto, destacou que o guia destina-se a toda a Igreja, mas em especial “aos párocos, que são os pastores”, e aos leigos, sobretudo os que já têm “sensibilidade para congregarem esforços de forma permanente”, e não pontualmente em épocas, que “já estão envolvidos nas questões sociais”.

Piedade Lalanda adianta que não é necessário terem “um grupo muito grande”, mas “grupos motivados” e explica que os apoios podem ser às situações de emergência, mas Igreja não deve ser apenas assistencialista, “é necessário ir mais além”, e podem dar tempo, assistência, apoio psicológico, dar apoio jurídico.

“A pastoral social, a atenção ao outro, é uma atitude permanente e coerente com o Evangelho, que deve ser articulada com as autoridades locais e com todos os que lutam no terreno, sem descriminar ninguém” sublinhou a socióloga.

A diretora do Serviço Diocesano da Pastoral Social de Angra salientou que, às vezes, não há capacidade de serem sempre os grupos a dar uma resposta às necessidades mas podem “mobilizar outros recursos e outras entidades” que têm a resposta para estas situações.

“Sinalizar estes casos é ser a voz  dos que têm dificuldades e que, por terem vergonha ou incapacidade, não conseguem sair da sua situação”, explicou Piedade Lalanda.

CB/OC

 

Angra: Diocese escreveu um «guião» para a pastoral social nas paróquias

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