Angra: Bispo incentivou clero a encontrar-se «vitalmente» com os pobres, os cativos e «aqueles que estão oprimidos»

«Pertence-nos, junto das nossas comunidades, a iniciativa de proclamar pela palavra e testemunhar com os nossos comportamentos» – D. João Lavrador

Foto: Igreja Açores

Angra do Heroísmo, Açores, 22 jun 2020 (Ecclesia) – O bispo de Angra desafiou o clero diocesano a encontrar-se “vitalmente” com os pobres e oprimidos, proclamando o Evangelho, sendo modelo para as comunidades cristãs, sobretudo nestes tempos “desafiadores”.

“Somos enviados com a missão específica de nos encontrarmos vitalmente com os pobres, com os cativos e com aqueles que estão oprimidos, e ainda, com aqueles que ainda não abriram o seu olhar para a verdade de Deus e continuam a viver nas trevas”, disse D. João Lavrador na homilia da Missa a que presidiu este domingo, na Sé de Angra, com renovação de promessas sacerdotais.

O sítio online diocesano ‘Igreja Açores’ informa que o seu bispo salientou aos sacerdotes que “o modo de ser de cada um” e como estão em presbitério “é algo de fundamental” para edificarem “comunidades cristãs”.

“Nestes tempos de pandemia e atendendo às vítimas que dela resultam, esta exigência torna-se ainda mais premente, discernindo, acolhendo, partilhando e incentivando. Pertence-nos a nós, junto das nossas comunidades, a iniciativa de proclamar pela palavra e testemunhar com os nossos comportamentos o mundo mais humano que se exige a partir do contexto em que vivemos”, desenvolveu D. João Lavrador.

O responsável assinalou que a “fé cristã vive-se na experiência comunitária” e “é exigência do sacerdote” que faça essa “verdadeira experiência” com a “sua palavra e com o seu testemunho”.

“Caros sacerdotes, não desperdicemos esta hora de graça para a nossa Igreja diocesana. É um tempo exigente? É sem dúvida. É uma caminhada que nos desinstala? Com certeza. Que é um itinerário que exige escuta, criatividade, humildade e despojamento? É verdade. Contudo, é uma exigência permanentemente repetida e referida pelo Santo Padre o Papa Francisco e é sobretudo uma resposta aos Sinais dos Tempos presentes no mundo de hoje a exigir a luz do Espírito de Deus para uma ação evangelizadora da Igreja”, desenvolveu.

O bispo de Angra incentivou também à comunhão do presbitério, afirmando que “urge sair” de si próprios, a não se refugiarem “nos comodismos, nos horários, nas críticas mordazes, nas rotinas” mas “cultivar a humildade, a empatia, a fraternidade, o desejo de estar com o outro”, a valorização do irmão e a “alegria do sacerdócio convivido”.

Segundo D. João Lavrador, a missão sacerdotal exige uma “vida simples, humilde, sóbria, desprendida, aprendendo com os pobres a riqueza” de viver “em comunhão com Deus e com os irmãos”.

“Uma comunidade cristã consciente e evangelizadora proporcionará os serviços necessários ao seu crescimento e à sua missão, através do anúncio, da celebração dos mistérios da fé e da partilha fraterna e ainda aqueles que são se destinam ao diálogo evangélico com o mundo”, afirmou.

Na celebração, onde os padres renovaram as suas promessas sacerdotais, foram recordados quatro jubileus sacerdotais – um pelos 70 anos de ordenação sacerdotal e três por 25 anos de ordenação sacerdotal – esteve também o bispo emérito de Angra, D. António de Sousa Braga, que celebrou 50 anos de ordenação sacerdotal, no dia 17 de maio.

Na Missa Crismal na catedral foram benzidos os santos óleos, que vão ser usados nos sacramentos do Batismo, Crisma e Unção dos Doentes; a celebração vai realizar-se, em Madalena do Pico, esta terça-feira, e em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, na quinta-feira, informa o sítio online ‘Igreja Açores’.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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