Angra: Bispo afirmou que consagrados têm «carisma que prepara para a missão»

«A oração nunca deixa morrer a esperança e também fortalece quem caminha» – D. Armando Esteves Domingues

Foto: Igreja Açores/P. Ricardo Henriques

Angra do Heroísmo, Açores, 02 fev 2023 (Ecclesia) – O bispo de Angra afirmou que “a oração nunca deixa morrer a esperança e também fortalece quem caminha”, na vigília da Vida Consagrada, que presidiu esta quarta-feira, no Santuário de Nossa Senhora da Conceição.

“Por onde anda a nossa esperança? Enterrada nos sofrimentos e provas do mundo, conturbado por tantas convulsões e incertezas, como as que resultaram da pandemia, as crises económicas, as guerras, novos extremismos e nacionalismos e, nos Açores, também a sede vacante”, disse D. Armando Esteves Domingues, informa o portal ‘Igreja Açores’.

O bispo de Angra explicou que “a oração nunca deixa morrer a esperança e também fortalece quem caminha”, sendo o alimento do peregrino, a partir dos textos da vigília, que faziam ressonância da mensagem do Papa Francisco para o Jubileu da Esperança (2025).

Na Vigília da Vida Consagrada, no Santuário de Nossa Senhora da Conceição (Angra do Heroísmo), o responsável diocesano disse aos consagrados que “é preciso alargar a tenda, alargar o coração e o campo da missão” para serem ‘peregrinos da esperança’.

“Gente que alarga a tenda no âmbito das suas preocupações, recuperando o sentido da fraternidade universal”, acrescentou.

A Igreja Católica celebra a 2 de fevereiro a Festa da Apresentação do Senhor e o Dia Mundial da Vida Consagrada.

Caríssimos consagrados, Deus viu-vos, enriqueceu-vos com essa veste especial que é também o dom de um carisma que prepara para a missão.  Encontrar Jesus faz relativizar tudo o resto. Quanto precisamos deste testemunho vivo: quem grite de alegria por ter o menino nos braços e que fale da alegria de ter esse menino”.

D. armando Esteves Domingues assinalou que falar na Vida Consagrada “é falar do que a fortalece”, e destacou “a oração, a entrega a Deus”, observando que “sem oração não há vida cristã nem essa vida se mantém de pé”.

“A oração deve constituir um fio de ouro que liga a vida toda; quem dera que fosse como um rio subterrâneo que só de quando em vez emerge à superfície, permanece sempre escondido mas está sempre presente e flui silencioso”, explicou, lê-se no sítio online ‘Igreja Açores’.

Segundo o bispo de Angra, a oração pode “comparar-se ao húmus que alimenta a vida de uma floresta inteira”, para muitos “tem um aspeto discreto e simples”, que não aparece em primeiro plano, mas está atrás de outras “dimensões que o mundo vê”, como a atenção aos irmãos, “se calhar o amor recíproco que alimenta e fortalece a comunidade, o diálogo e a escuta”.

O prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica (Santa Sé), o cardeal D. João Braz de Aviz dedicou a mensagem para o Dia da Vida Consagrada à “missão”, convidando a “alargar a tenda”, “uma atitude no centro da ação missionária” como lembra o Sínodo.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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