Cónego Hélder Fonseca Mendes destaca problemas sociais e económicos no mundo e incentiva «à caridade e à misericórdia»
Angra do Heroísmo, Açores, 18 fev 2022 (Ecclesia) – O administrador diocesano de Angra alertou hoje para a fome, a peste e a guerra na nota pastoral para a Quaresma onde indica como “caminho alternativo, livre, racional e moderno”, o jejum, a esmola e a oração.
“Em vez da fome, da peste e da guerra, tomemos como caminho alternativo, livre, racional e moderno, o jejum, a esmola e a oração, que se completam mutuamente em ordem à caridade e à misericórdia”, pede o cónego Hélder Fonseca Mendes, no documento enviada à Agência ECCLESIA.
Na nota pastoral para a Quaresma, divulgada hoje, o administrador diocesano de Angra e Ilhas dos Açores alerta para vários problemas sociais e económicos no mundo, como o “aumento da fome”, o efeito das alterações climáticas, as deslocações de refugiados, a pandemia e o desemprego.
“A peste da década a que demos nome de Covid-19, com um considerável número de mortes, doentes e de sequelas na saúde, sobretudo na saúde mental; e a guerra quer aos retalhos, quer como uma ameaça global às portas da Europa, a que as Lajes daria passagem, insinuando que havemos de nos envolver no jogo dos poderosos e dos seus ocultos interesses”, desenvolveu.
Neste contexto, e no “espírito das bem-aventuranças”, o cónego Hélder Fonseca Mendes salienta que continuam a trabalhar “contra a fome, a peste e a guerra”, com a não-violência, as ferramentas
A Quaresma é um tempo de 40 dias que se inicia com a celebração das Cinzas, este ano a 2 de março, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, que vai ser celebrada no dia 17 de abril.
O administrador diocesano de Angra informa na sua nota pastoral que a partilha, a renúncia quaresmal vai ser canalizada para São Tomé e Príncipe.
“Como socorro a uma situação de pobreza agravada pela pandemia, dado o forte apelo do bispo desta diocese lusófona, insular e irmã”, explica.
O sacerdote lembra que esta solidariedade resulta do dinheiro que cada católico “junta durante a quaresma, como fruto das renúncias diárias que vai fazendo, em espírito de oração e conversão”, e “não se trata de um pagamento, de uma esmola, de um peditório ou de uma campanha de recolha de fundos”.
Em 2021, a Diocese de Angra angariou 16.007,81 euros na renúncia quaresmal de 2021, que teve como destino a solidariedade através do Serviço Diocesano da Pastoral da Saúde e da Cáritas.
“Serviu para aquisição de um ventilador ou suporte de vida para uma unidade de Saúde da Região e para acudir às solicitações mais prementes decorrentes dos efeitos indiretos da pandemia nos Açores”, acrescentou o cónego Hélder Fonseca Mendes, na nota pastoral para a Quaresma publicada online.
CB