Angra: Administrador diocesano desafia Universidade dos Açores a estudar «profundamente» cada um dos bispos desta Igreja

Cónego Hélder Fonseca Mendes fala em «grande contributo» para as comemorações dos 500 anos da diocese

Angra do Heroísmo, Açores, 26 jan 2022 (Ecclesia) – O administrador diocesano de Angra desafiou a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade dos Açores, a estudar cada um dos bispos desta Igreja local, desde 1534 até 2021, na sessão solene do 46º aniversário da academia açoriana.

“Seria um grande contributo da academia açoriana em ordem às comemorações dos 500 anos da Diocese de Angra, em 2034, dando lugar uma nova chave e porta no estudo da História dos Açores”, disse o cónego Hélder Fonseca Mendes, citado pelo portal ‘Igreja Açores’.

O administrador diocesano de Angra desafiou a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade dos Açores, a estudar “profundamente a origem, personalidade, figura, ação e contexto social, histórico, cultural, político, económico e religioso” da época de cada um dos bispos de Angra, de 1534 a 2021.

O convite foi realizado na sessão solene do 46.º aniversário da academia açoriana e, também, num artigo de opinião publicado, no portal diocesano, pelo centenário da morte do 33º bispo de Angra, D. Manuel Damasceno da Costa, que vai ser celebrado esta quinta-feira, dia 27, numa “missa de sufrágio e de ação de graças na catedral”.

O cónego Hélder Fonseca Mendes, que anuncia também uma exposição, uma conferência e uma sessão evocativa sobre esta “grande figura, logo que haja condições de a promover e realizar”, destacou o temperamento “sociável, apaziguador” de D. Manuel Damasceno da Costa, que chegou à diocese “cinco anos depois do seu último bispo, em abril de 1915”.

O administrador diocesano recorda que “uma das primeiras preocupações” do 33.º bispo de Angra foi realizar a visita pastoral e, no verão de 1915, percorreu as ilhas Graciosa, Faial, Pico e São Jorge, depois a Terceira, e, em 1918, as ilhas de Santa Maria e São Miguel, não tendo conhecido as ilhas do Corvo e das Flores.

Este bispo diocesano também restaurou o Seminário de Angra, regulamentou as Conferências Eclesiásticas, fundou a Congregação da Doutrina Cristã na diocese, “empenhou-se pelos doentes e enfermos”, e regulou a pregação e exames de confessor.

O cónego Hélder Fonseca Mendes lembra que também apoiou a comunicação da Igreja Católica no arquipélago, fundou o semanário ‘A Actualidade’, em 1920, em São Miguel, e auxiliou a manutenção de publicações como ‘A Verdade’, o boletim paroquial ‘A Cruz’, ‘A Crença’, e favoreceu o surgimento de ‘O Dever’, os ‘Sinos da Aldeia’ e ‘O Semeador’.

D. Manuel Damasceno da Costa nasceu na Covilhã, em 1867, estudou no Seminário da Guarda, na Universidade de Coimbra, e faleceu de morte súbita, “atribuída a uma síncope cardíaca”, a 27 de janeiro de 1922, em Angra do Heroísmo.

CB/OC

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