Angola: Seitas são uma «grande preocupação» para a Igreja Católica

A crescente penetração das seitas e igrejas evangélicas em Angola “é uma grande preocupação” para a Igreja católica, admite em entrevista à Agência Lusa o Núncio Apostólico em Luanda. D. Angelo Becciu defende que “o problema deve ser colocado dentro da Igreja católica”, num momento em que Angola recebe, entre 20 e 23 de Março, a visita do Papa. É uma Igreja “em festa e jubilosa” que espera Bento XVI, é também uma Igreja que “vive um momento favorável” porque o país está em paz desde 2002, ano em que terminou a guerra de mais de 27 anos que marca a maior parte da história de Angola desde a independência. O Núncio Apostólico afirma que é também uma Igreja “com capacidade de responder” ao fenómeno crescente da “saída” de crentes para outras confissões. “O fenómeno das seitas é uma grande preocupação para a Igreja. Mas não vamos falar contra as seitas, vamos falar e colocar o problema dentro da Igreja”, diz o representante do Vaticano em Luanda, “porque, se há gente que abandona a Igreja católica, significa que há qualquer coisa que não funciona na nossa Igreja”. A resposta ao “problema”, para D. Angelo Becciu, poderá passar por “descobrir uma imagem e um ambiente de maior fraternidade”. E também pela inovação, criando “um ambiente em que cada um se sinta membro da Igreja” e encontrando “novos caminhos para apresentar a palavra de Deus”. O objectivo, considera, é que a “a Igreja seja mais eficaz no encontro com a cultura e a mentalidade africanas”, ainda que o núncio veja que já há “grandes esforços” para atingir essa “sintonia”. Redacção/Lusa

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