Bispo emérito de Benguela tinha 89 anos
Lisboa, 27 mai 2020 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal de Angola (CEAST) lamentou em comunicado o falecimento de D. Óscar Braga, que morreu esta terça-feira, aos 89 anos de idade.
O prelado nasceu em Malanje (Angola), então território português, a 30 de setembro de 1931; foi ordenado padre em 1964 e nomeado bispo dez anos depois, tomando posse da Diocese de Benguela em 1975, quando se celebrou a sua ordenação episcopal; exerceu este ministério até 2008.
Na sua formação, o falecido bispo frequentou o Seminário dos Olivais, no Patriarcado de Lisboa.
“Os feitos de pastor zeloso e dedicado, durante os seus 34 anos de pastoreio à frente da Diocese de Benguela, são incontáveis: desde a formação do clero local até à criação de obras sociais. No seio da Conferência Episcopal, foi sempre um irmão e amigo com quem se podia contar em todos os momentos”, escreve o presidente da CEAST, D. Filomeno Vieira Dias, arcebispo de Luanda.
D. Manuel António Santos, bispo de São Tomé e Príncipe, membro da CEAST, reagiu ao falecimento com a sua homenagem a uma “figura incontornável da Igreja angolana e grande amigo de São Tomé e Príncipe”.
Em 2018, aquando do 50.º aniversário da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, D. Óscar Braga concedeu uma entrevista à Agência ECCLESIA, na qual recordou a importância que a Igreja Católica teve na altura da independência de Angola.
“Teve uma importância muito grande, pois foi o começar a poder expor à Santa Sé a nossa situação, ver melhor como era este povo e as suas as necessidades, e a CEAST nasceu antes da independência de Angola”, referiu.
O bispo emérito de Benguela afirmava que o papel da Igreja continua o mesmo, “com a doutrina de ajudar, lutar pelos direitos e felicidade de cada um, bem e prosperidade”.
OC