«Amoris Laetitia»: A atenção especial às famílias «em crise conjugal ou outras dificuldades» é uma das conclusões do fórum internacional

Cardeal Kevin Farrell destacou importância de «olhar às crianças, aos deficientes, aos idosos»

Cidade do Vaticano, 15 jun 2021 (Ecclesia) – O responsável pelo Dicastério para os Leigos, Família e Vida (Santa Sé) apresentou as conclusões do Fórum ‘Amoris Laetitia’, que decorreu online, destacando a necessidade de “atenção especial” às famílias em crise conjugal e outras dificuldades.

“O cuidado pastoral com aqueles que estão separados, divorciados ou abandonados, com particular olhar às crianças, aos deficientes, aos idosos”, destacou o cardeal Kevin Farrell.

O membro da Cúria Romana explicou que deve ser dada “uma atenção especial” às famílias “em crise conjugal ou com outras dificuldades”.

Segundo o responsável católico, a formação de pessoas que vão acompanhar os casais na preparação para o matrimónio “deve ser uma prioridade”, e indicou também a “necessidade” de uma formação mais adequada para sacerdotes, diáconos, religiosos, catequistas e outros agentes pastorais e insistiu na presença de leigos nos cursos de formação.

O Dicastério para os Leigos, Família e Vida da Santa Sé dinamizou até sábado um fórum internacional online que debateu a aplicação da ‘Amoris Laetitia’, cinco anos após a publicação da exortação do Papa sobre a família, com responsáveis de 70 Conferências Episcopais e mais de 30 associações e movimentos internacionais.

Nas conclusões, divulgadas pelo portal ‘Vatican News’, D. Kevin Farrell assinalou também que é preciso chegar às famílias que “estão longe da Igreja”, a pastoral familiar deve ser fundamentalmente missionária, “para alcançar as pessoas onde elas estão”.

“A principal contribuição à pastoral familiar é oferecida pela paróquia, que é a família das famílias, onde pequenas comunidades, movimentos eclesiais e associações vivem em harmonia”, salientou o cardeal norte-americano.

O Papa afirmou que a Igreja Católica precisa de investir mais no acompanhamento das famílias “feridas” e na preparação para o matrimónio, numa mensagem ao fórum internacional que contou com a participação de Francisco e Isabel Pombas, o casal responsável pelo Departamento Nacional da Pastoral Familiar (DNPF) da Conferência Episcopal Portuguesa.

No Fórum ‘Amoris Laetitia’, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida incentivou também à preparação do I Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, que vai ser celebrado no próximo dia 25 de julho, e sugere uma Missa dedicada aos avós e aos idosos, que os bispos celebrem na catedral ou num lugar significativo e que cada paróquia dedique pelo menos uma das liturgias a esta data.

O responsável pelo departamento dos idosos deste organismo, Vittorio Scelzo, explicou que este dia quer ser “o encontro entre avós e netos e entre jovens e idosos”.

“Considerando que em várias áreas geográficas do mundo em julho a pandemia vai impedir a participação dos idosos, pedimos aos jovens para visitá-los ou realizar o encontro em modo social ou via internet”, acrescentou, informa o portal ‘Vatican News’.

A Igreja Católica está a celebrar o ‘Ano Amoris Laetitia’, que começou na solenidade de São José (19.03.2021) e decorre até à celebração do X Encontro Mundial das Famílias, em Roma (26.06.2022).

O ano especial foi convocado pelo Papa Francisco que publicou a 8 de abril de 2016 a sua exortação apostólica sobre a Família, ‘Amoris laetitia’ (A Alegria do Amor), uma reflexão que recolhe as propostas de duas assembleias do Sínodo dos Bispos (2014 e 2015) e dos inquéritos aos católicos de todo o mundo.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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