América: Bispos pedem «mecanismos de diplomáticos» para ultrapassar situação no Haiti

Conselho Episcopal Latino-americano apela à comunidade internacional que intervenha para acabar com o «sofrimento de homens e mulheres»

Foto: Lusa

Cidade do Vaticano, 05 nov 2019 (Ecclesia) – O Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) pediu à comunidade internacional que intervenha para ajudar a resolver a crise que se vive no Haiti, através “do diálogo”.

“O sofrimento dos homens e mulheres da amada República do Haiti é um grito que sobe ao céu, mas que deve também chegar aos ouvidos daqueles que têm nas suas mãos o poder de contribuir para que os haitianos possam encontrar caminhos concretos para superar todas as deficiências que ferem a dignidade humana e de filhos e filhas de Deus”, escreve num comunicado o bispo de Trujillo, Perú, D. Héctor Miguel Cabrejos Vidarte, atual presidente da CELAM.

Em nome do “episcopado, dos sacerdotes, dos religiosos e religiosas e de todos os católicos desta nação”, assinala o comunicado, citado pelo portal de informação do Vaticano, o CELAM pede que “a voz da sabedoria seja ouvida”.

Há vários meses que a população haitiana está a manifestar-se pedindo a renúncia do presidente, Jovenel Moise, e os conflitos na rua causaram já a morte 42 pessoas e o ferimento de outras 86.

O Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, atualmente dirigido pela ex-presidente chilena Michele Bachelet, manifestou a sua preocupação com a situação sociopolítica no Haiti e com o agravamento de uma crise que tem causado insegurança, falta de combustível e onde começam a escassear alimentos.

À comunidade internacional o CEALM pede que sejam reforçados “os mecanismos diplomáticos de diálogo para encontrar uma saída pacífica para a crise” deste país.

O organismo latino-americano pediu às conferências episcopais de cada país da América Latina e Caraíbas para que realizem dias de oração pela situação e em sufrágio dos que perderam a vida nos conflitos.

“Não deixem roubar a esperança” foram palavras do Papa Francisco dirigidas à população do Haiti, recordadas no final da missiva.

LS

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