América 2015: Papa visitou «Ground Zero» para cerimónia com responsáveis de outras religiões

Francisco passou no memorial e museu dos atentados do 11 de setembro de 2011

Nova Iorque, 25 set 2015 (Ecclesia) – O Papa visitou hoje «Ground Zero» de Nova Iorque, para uma cerimónia pela paz com responsáveis de outras religiões, no memorial dos atentados do 11 de setembro de 2011.

Francisco foi recebido no local pelo arcebispo da cidade norte-americana, cardeal Timothy M. Dolan, e depôs uma coroa de flores junto à fonte sul, onde saudou individualmente 20 familiares de socorristas que morreram na sequência dos ataques terroristas.

O Papa desceu ao piso -4 do memorial para chegar à ‘Foundation Hall’, para encontrar-se com 12 líderes religiosos.

O encontro começou com uma apresentação do cardeal Dolan e a reflexão de um rabi e um imã, antes da recitação da Oração pela Paz, feita pelo Papa Francisco.

A cerimónia incluiu a leitura de cinco meditações sobre a paz de várias religiões (hindu, budista, sikh, cristã e muçulmana) e a oração judaica pelos defuntos.

Francisco encerrou o encontro com o seu discurso, no qual evocou "milhares de vidas foram arrancadas num ato sem sentido de destruição”, numa “perda injusta e gratuita de inocentes”.

O Papa falou num lugar onde a dor é “palpável”, recordando “todas aquelas vidas que estavam sob o poder daqueles que creem que a destruição é o único modo de resolver os conflitos”.

“A lógica da violência, do ódio, da vingança só pode produzir angústia, sofrimento, destruição, lágrimas”, alertou.

O pontífice argentino recordou o encontro com famílias dos primeiros socorristas caídos em serviço e realçou que “a destruição nunca é impessoal, abstrata”.

“Aqui, no meio duma angústia lancinante, podemos palpar a bondade heroica de que também é capaz o ser humano, a força escondida a que sempre devemos recorrer”, acrescentou.

Nesse contexto, o Papa elogiou o papel dos bombeiros de Nova Iorque, num momento em que se vivia “uma questão de humanidade” e não “uma questão de sangue, de origem, de bairro, de religião ou de opção política”.

“Os bombeiros de Nova Iorque entraram nas torres que estavam a ruir sem dar muita atenção à sua própria vida. Muitos caíram em serviço e, com o seu sacrifício, salvaram a vida de muitos outros”, lembrou.

Francisco sustentou que a vida está destinada a “triunfar sobre os profetas da destruição, sobre a morte”, desafiando os responsáveis religiosos a “banir” sentimentos de “ódio, vingança, rancor”.

No final, depois de ter saudado individualmente os líderes religiosos, o Papa visitou o Museu do Memorial do «Ground Zero», juntamente com o arcebispo de Nova Iorque.

OC

Notícia atualizada às 19h00

Partilhar:
Scroll to Top
Agência ECCLESIA

GRÁTIS
BAIXAR