Presidente norte-americano mostra admiração pelo papel da Igreja Católica e do Papa em questões diplomáticas, sociais e ecológicas
Washington, 23 set 2015 (Ecclesia) – O presidente dos Estados Unidos da América disse hoje ao Papa que o seu país apoia os apelos de Francisco em defesa dos cristãos e minorias religiosas perseguidas.
“Aqui nos Estados Unidos prezamos a liberdade religiosa, mas à volta do mundo, neste preciso momento, filhos de Deus, incluindo cristãos, são atacados, até mortos, por causa da sua fé”, sublinhou Barack Obama, no discurso que proferiu durante a cerimónia de boas-vindas ao pontífice argentino, na Casa Branca.
Obama recordou os cristãos presos e igrejas destruídas em vários países, deixando um apelo ao diálogo inter-religioso, para que todos vivam a sua fé “livres de medo e livres de intimidação”.
A intervenção aludiu depois às mensagens do Papa em defesa do ambiente e à “obrigação sagrada” de proteger a terra.
“Apoiamos o seu apelo a todos os líderes mundiais para que ajudem as comunidades mais vulneráveis ao clima em mudança”, referiu.
O presidente dos EUA agradeceu o "inestimável apoio" de Francisco e do Vaticano na aproximação diplomática a Cuba, “um novo começo com o povo cubano”, que o Papa acabou de visitar.
Obama saudou as “qualidades únicas” de Jorge Mario Bergoglio, “um líder cuja autoridade moral vem não só das palavras mas também dos atos”.
Os elogios estenderam-se aos pedidos de acolhimento dos refugiados e imigrantes ou em favor do “imperativo da paz”, face aos “custos da guerra, em particular sobre os que não têm poder e os indefesos”.
O presidente norte-americano disse que existe uma profunda “devoção” dos católicos e não só à “mensagem de amor e esperança” do Papa.
Obama falou do “primeiro Papa das Américas”, na primeira visita aos EUA, e brincou com o facto de ser o “primeiro pontífice a partilhar uma encíclica através do Twitter”.
O chefe de Estado valorizou o papel desempenhado pela Igreja Católica, “diariamente”, junto dos mais pobres, dos doentes, dos sem-abrigo, das crianças, dando voz “aos que procuram quebrar as correntes da violência e da opressão”.
No final da cerimónia de boas-vindas teve lugar uma visita de cortesia de Francisco ao presidente norte-americano, na Sala Oval, para uma conversa privada, a troca de presentes e a apresentação de familiares.
OC