Companhia de Jesus colabora com grupo empresarial no projecto do Colégio Pedro Arrupe
A primeira pedra do Colégio Pedro Arrupe, localizado no Parque das Nações, em Lisboa, foi lançada este Sábado, na presença de cerca de 150 convidados. A escola, que ocupará uma área de 72 mil m2, resulta de uma parceria entre os Jesuítas e a empresa Alves Ribeiro.
Durante a cerimónia, o responsável pela Província portuguesa dos Jesuítas, Pe. Nuno Gonçalves, lembrou que o colégio “é iniciativa e propriedade do Grupo Alves Ribeiro que, desde o início, quis contar com a colaboração da Companhia de Jesus”.
“Acreditamos que a espiritualidade e pedagogia inacianas – prosseguiu o superior provincial – têm potencialidades para lá das fronteiras das instituições da Companhia de Jesus; e é essa experiência que aceitámos pôr ao serviço de uma nova instituição educativa.”
Em entrevista à Agência ECCLESIA, Miguel Morais, um dos membros do conselho de administração, explicou que o projecto vai basear-se na pedagogia inspirada em Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus. A escola quer também investir na promoção da “Cultura e da Fé ligada à Justiça”.
Com esta parceria, a Companhia de Jesus apoiará a elaboração do projecto pedagógico, a selecção de educadores e sua formação contínua, o acompanhamento do colégio no que diz respeito à formação humana e espiritual, e indicará, sempre que possível, o director espiritual ou capelão.
Miguel Morais lembra que “os projectos educativos deste género estão cheios e com listas de espera”. “Nós aparecemos para responder à preocupação de muitas famílias, que querem proporcionar este tipo de educação aos seus filhos”, explicou.
O colégio pretende destacar a ligação ao mar, através da história e cultura portuguesas. A sua localização, na zona onde se realizou a Expo 98, também contribui para evocar a importância dos recursos hídricos.
Os responsáveis pretendem igualmente que as instalações e o próprio plano educativo sejam exemplares em termos de sustentabilidade ambiental: “Esta visão, que pretendemos ir passando aos nossos alunos, está presente desde o início do projecto, na arquitectura, no aproveitamento das águas e na captação de energia solar”, referiu Miguel Morais.
Para este responsável, o Colégio Pedro Arrupe é “uma escola pensada para os dias de hoje, em termos de estruturas e de espaços”. “Não é todos os dias que podemos usufruir de um projecto que acaba por ser o mais actual possível”, acrescentou.
A escola, que implica um investimento de 30 milhões de euros, deverá ficar concluída em 2011. A conclusão da primeira fase, em Setembro do próximo ano, permitirá a abertura no início do ano lectivo de 2010/11, acolhendo cerca de 700 alunos.
Quando atingir a plena capacidade, o colégio terá nove salas para o ensino pré-escolar, dezasseis para o 1.º ciclo do Ensino Básico, oito para o 2.º, doze para o 3º e igual número para o Secundário, podendo receber um total de 1600 estudantes.
A mensalidade base rondará os 450 euros, o que, segundo Miguel Morais, está em linha com a média dos colégios da zona de Lisboa. Para responder às necessidades dos alunos menos favorecidos, está a ser criado um fundo, a financiar por ofertas de empresas e particulares.
O colégio já começou a receber, através do seu site, pré-inscrições de alunos e candidaturas para os 120 profissionais docentes e 55 não-docentes.
Imagem: Projecto do Colégio Pedro Arrupe