Algarve: Referendo sobre coadoção em destaque numa série de encontros sobre a família

Vigário de Faro realçou que se o processo avançar os cristãos vão «saber o que dizer» e frisou que «a Igreja não age sob pressão de qualquer poder»

Faro, 04 fev 2014 (Ecclesia) – Quatro vigararias do Algarve acolheram encontros sobre a família, no âmbito do programa pastoral diocesano que este ano aborda desafios como o decréscimo da natalidade e os novos modelos de constituição dos agregados.

De acordo com informações avançadas pela edição online do jornal “Folha do Domingo”, em Faro, no Colégio de Nossa Senhora do Alto, reuniram-se cerca de 450 pessoas para uma reflexão que teve como destaque o tema da “coadoção” por pessoas do mesmo sexo.

Para o padre António da Rocha, responsável pela Pastoral Familiar na vigararia de Faro, “a família vive um bocadinho adoentada”, envolta em “fortes e rápidas mudanças”.

“Será para melhor? É isso que a gente deseja, mas, aparentemente, parece que não está a ser para muito melhor”, apontou o sacerdote, ressalvando que “a Igreja quer estar atenta para poder responder, não marginalizando ninguém, nem pondo ninguém de lado”.

O vigário de Faro, também presente no evento, mostrou-se convicto de que, se o referendo sobre a coadoção avançar, os cristãos vão “saber o que dizer” e frisou que “a Igreja não age sob pressão dos meios de comunicação social nem de qualquer poder que pense poder influenciar”.

Abordando depois a questão da natalidade, o padre Rui Guerreiro sublinhou que a família deve ser sobretudo “lugar da vida e do amor” e lamentou que não sejam postas em prática mais medidas a favor das famílias com filhos.

“Quando um Estado não promove a natalidade, o país, pouco a pouco, vai empobrecendo”, alertou.

As sessões de reflexão sobre a família decorreram ainda em Sagres (Vigararia de Portimão), Ferreiras (Vigararia de Loulé) e Altura (Vigararia de Tavira).

“A preparação para o matrimónio; a educação dos filhos; as dificuldades em viver a missão e a fé na família, na sociedade e na Igreja; o divórcio e os atuais condicionalismos da vida familiar”, foram outras questões abordadas durante os encontros.

JCP

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