Quatro pessoas ficam instaladas em Portimão
Portimão, 27 set 2016 (Ecclesia) – A Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, em Portimão, na Diocese do Algarve, acolheu uma família de refugiados provenientes da Síria – pai de 30 anos de idade, a mãe de 22 e duas crianças.
“Estou certo de que encontrará aqui na vossa paróquia aquilo que há muito tempo procura, sobretudo um lugar de paz e sossego, onde possa viver como família e encontrar também um futuro melhor”, disse o bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, este domingo, na celebração de tomada de posse dos novos párocos da Mexilhoeira Grande e de Nossa Senhora do Amparo.
A Diocese do Algarve atribuiu à Cáritas Diocesana a coordenação do trabalho relacionado com o acolhimento de refugiados.
O jornal diocesano ‘Folha do Domingo’ informa, numa notícia enviada hoje à Agência ECCLESIA, que a família síria “ficou alojada no Centro Social da paróquia, num apartamento com uma kitchenette, dois quartos e uma casa de banho” que foi adaptado de uma antiga camarata onde estima-se que possam viver durante um ano ou dois.
O agregado familiar, composto pelo pai de 30 anos de idade, a mãe de 22 e duas crianças, um menino de um ano e uma menina de quatro meses, é oriundo da cidade síria de Alepo de onde saiu há cerca de dois anos, passaram pela Turquia de onde atravessaram por mar para a a Grécia e chegaram a Portugal através da PAR, a Plataforma de Apoio aos Refugiados.
O pároco das paróquias de Nossa Senhora do Amparo e da Mexilhoeira Grande, padre Domingos da Costa, da Companhia de Jesus (jesuítas), em julho de 2015 comprometeu-se a receber dois ou três agregados e são esperadas mais duas famílias na Mexilhoeira Grande que deverão chegar brevemente.
Já o pároco Luís do Amaral considerou que a demora de mais de um ano a receberem a família de refugiados deve-se às “burocracias dos governos europeus” que “não desbloquearam a situação mais cedo”.
O sacerdote assinalou que o objetivo é integrar a família síria na sociedade portuguesa, num período de transição de um ou dois anos: “Aprenderem a língua, arranjarem trabalho, esperando que a situação na Síria possa melhorar”.
Ao jornal diocesano, o padre Luís do Amaral para ajudar na adaptação da família síria à realidade nacional foi criada uma equipa na paróquia que conta, por exemplo, com um professor de português.
CB/OC