Algarve: Famílias consideram que sociedade dificulta a santidade

Faro, 20 jan 2015 (Ecclesia) – As paróquias da Vigararia de Faro promoveram uma Jornada Pastoral da Família sobre a santidade e os participantes consideram “urgente um maior apoio espiritual” dos sacerdotes e que devem ser evangelizadoras numa sociedade que não promove a família.

Para os participantes hoje é “mais difícil alcançar a santidade” e o principal obstáculo é a “forma de organização da sociedade” que “não facilita e não promove as vivências em família”, analisaram.

Segundo a informação enviada à Agência ECCLESIA, pelo jornal diocesano Folha do Domingo, a Jornada Pastoral da Família – Em família, chamados à Santidade – e reuniu 30 participantes, “na sua grande maioria da cidade de Faro”, no salão da paróquia de São Luís.

“Hoje em dia, a vida está tão difícil e complicada que quase não se consegue ser família, quanto mais família cristã”, frisaram dando como exemplo fatores que causam dispersão como o maior número de atividades e solicitações, os “horários de trabalho que nem sempre são compatíveis” com a vida em família, as refeições que “não conseguem” reunir todos à mesa ou a “valorização do consumismo”.

Para que estas dificuldades sejam superadas foi sugerido que as “questões da fé na educação” tenham prioridade dando relevo para a ação dos pais para que “não se demitam e sejam conscientes da importância que dão a esse vetor”.

Nesse sentido, os participantes consideram importante a oração, o diálogo e a gestão do tempo em família, bem como a valorização de “alguns costumes” e “a correção fraterna em detrimento da agressividade”.

A jornada propôs aos participantes a reflexão de cinco perguntas: “A santidade no âmbito familiar; quais os maiores obstáculos na resposta a esse apelo e como superá-los; que propostas para ações a realizar a nível paroquial e diocesano; e quais as maiores inquietações que gostariam de ver respondidas”.

Para as famílias que participaram no encontro “às vezes” existe um grande ativismo pastoral que “depois não se reverte em apoio efetivo”.

“Isto é mais importante do que ter um ativismo pastoral muito dinâmico”, alertou um dos dois grupos de trabalho constituídos este sábado que pediu aos sacerdotes “mais tempo para ouvir” e menos atividades que “lhes tira a capacidade de acolher”.

A necessidade das famílias serem o apoio espiritual de outras famílias também foi assinalado e, neste contexto, valorizaram a existência de espaços mais informais onde possam “criar relação”.

“Depois abre-se espaço para outras discussões e partilhas”, observaram considerando importante a reflexão sobre “diferentes tipos de família”.

As crianças e adolescentes das paróquias da Vigararia de Faro – concelhos de Faro, São Brás de Alportel, Olhão e a paróquia de Santa Catarina da Fonte do Bispo – também participaram na Jornada Pastoral da Família através da elaboração de cartazes com a definição de família.

O próximo encontro vai ser realizado “perto da Páscoa”, informa o jornal diocesano, e os participantes tiveram um “trabalho de casa”, sobre um excerto da intervenção do Papa Francisco no Parlamento Europeu a 25 de novembro de 2014, que vão apresentar nessa altura.

FD/CB

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