Algarve: Diretor do Centro de Estudos e Formação de Leigos incentiva criação de «equipas evangelizadoras» nas paróquias

Jornada Bíblica diocesana refletiu sobre «a missão evangelizadora na Igreja das origens»

Faro, 14 nov 2018 (Ecclesia) – O diretor do Centro de Estudos e Formação de Leigos do Algarve (CEFLA) disse ser necessário criar “equipas evangelizadoras” nas paróquias, na Jornada Bíblica diocesana no Centro Pastoral e Social em Ferragudo.

“Parece-me importante criar um pequeno grupo de cristãos com a potência e qualidades de liderança e de vida evangélica que se torna um grupo impulsionador da evangelização a partir da paróquia, que possa ser moderador de outros grupos e de equipas de evangelização ou de apoio a outras comunidades”, explicou o padre Mário de Sousa, recordando que assim funcionava a “comunidade primitiva”.

Na informação enviada à Agência ECCLESIA pelo jornal diocesano ‘Folha do Domingo’, o sacerdote afirmou que o tempo da paróquia “a girar à volta de um único evangelizador”, que é o pároco “acabou”.

“Ou temos a coragem de rever os nossos processos evangelizadores e até a presidência das comunidades, ou teremos comunidades acéfalas, sem dinamismo interno quanto mais evangelizador. E isto, já. Não é para o século que vem”, desenvolveu na jornada que mobilizou 67 participantes.

Segundo o diretor do CEFLA é necessário “fazer discernimento de carismas, procurar líderes cheios da presença de Deus”, pessoas dispostas “a anunciar o Evangelho como vida” mas a evangelização “implica” a preparação e “primeiro é preciso a preparação dos de dentro para depois se poder anunciar aos de fora”.

O padre Mário de Sousa entende que é também necessário “mudar as estruturas” para estarem “ao serviço da evangelização” e usar “as técnicas de comunicação” do tempo atual.

“A comunicação da Igreja de hoje vive de imagens e de um código linguístico que vem do passado; é preciso rever a linguagem da catequese, da liturgia, do acolhimento”, acrescentou.

Na 8.ª Jornada Bíblica da Diocese do Algarve, o padre Mário de Sousa alertou ainda para quando se começa o “diálogo evangelizador” a responder a perguntas que “ninguém fez” mas se considera “importante dizer”.

“É preciso partir das expectativas das pessoas e dos seus anseios e o grande anseio do mundo dos nossos dias é encontrar um sentido para a vida que conduza a uma vida feliz”, assinalou.

No encontro com o tema geral ‘A missão evangelizadora na Igreja das origens’, o padre Mário de Sousa apresentou duas reflexões: «”Que havemos de fazer, irmãos?” (At 2,37) A pergunta que redimensiona a vida» e ‘«Vós sois testemunhas destas coisas» (Lc 24,48): A primeira evangelização – natureza e caraterísticas’, informa o jornal ‘Folha do Domingo’.

O Centro de Estudos e Formação de Leigos do Algarve organizou a 8.ª Jornada Bíblica onde o padre António de Freitas falou sobre ‘A paróquia: comunidade de discípulos missionários’.

“Temos que mudar o nosso paradigma de comunidade cristã e de nos sentirmos comunidade cristã; Não podemos continuar com uma programação e organização paroquial que só pensa na vida interna, na manutenção e na arrumação”, disse o vigário episcopal para a pastoral da diocese algarvia, para quem “ser evangelizador missionário é, precisamente, pensar toda a ação eclesial numa perspetiva de saída”.

Segundo o jornal diocesano, o bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, destacou as reflexões dos dois sacerdotes e explicou que aprofundar o tema da jornada é, certamente, “responder, antes de mais, a uma obrigação batismal, pessoal, de anunciar, de testemunhar o Evangelho”.

CB/OC

(Notícia atualizada às 17:59)

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