Na formação «As redes sociais – tirar partido delas para a vida comunitária»
Faro, 15 out 2019 (Ecclesia) – A Diocese do Algarve desafiou as paróquias e grupos católicos ao testemunho e à missão na internet, numa ação de formação sobre a presença no ambiente digital que pode ajudar a aproximar de Cristo e dos outros.
“Isto pode ser uma riqueza, mas também um instrumento de realização da missão da Igreja”, disse o bispo do Algarve que participou na formação, adiantando que querem “ir aperfeiçoando sempre” quanto “à legislação”.
Segundo a informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, pelo jornal diocesano ‘Folha do Domingo’, D. Manuel Quintas disse que a ação era “necessária e urgente em relação a toda a diocese”.
O diretor do Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais (SDCS) afirmou que o cristão deve estar no digital “do mesmo modo que está no ambiente físico: A mesma identidade, a mesma postura, os mesmos valores”.
O padre Miguel Neto incentivou os participantes a serem “testemunhas na rede” e pediu que ajudem a “tornar o ambiente digital um autêntico espaço de existência cristã”, de pluralidade.
“Se não evangelizarmos o ambiente digital, ninguém evangeliza”, observou o sacerdote que falou sobre ‘Os desafios da cultura mediática’.
O padre Miguel Neto realçou que “é tão importante” cativar uma criança a ir à catequese à porta da escola “como divulgar essa mensagem no Facebook”, salientando que “o lugar de conexão não é mais importante que o lugar de comunhão”.
“A Igreja tem de ajudar os jovens a viver a fé na rede; A internet não é um instrumento de comunicação, é um ambiente, um lugar da vida pública e experiência social onde cada um pode produzir e difundir aquilo que quiser de forma rápida, gratuita e muito eficaz”, desenvolveu.
O diretor do SDCS explicou também os riscos, como o “isolamento” e o “crescimento do individualismo existencial”, e assinalou também que na presença digital é importante “definir estratégias pastorais”, que o espaço virtual seja “um agregador daquilo que se partilha na comunidade”.
A formação incidiu sobretudo nas redes sociais e destinou-se aos responsáveis por estas nas paróquias e movimentos eclesiais e foi promovida pelo Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais e da Cultura, no Centro Paroquial de Santa Bárbara de Nexe.
A técnica de comunicação Sandra Moreira observou que para além da “verdade”, a “coerência” e a “realidade” também são “premissas” para comunicar na rede.
A formadora, que também pertence à equipa do SDCS, salientou que o “papel fundamental” dos gestores de redes sociais é serem “chamados a ser missionários dentro das redes sociais” e incentivou a “usar a linguagem da ternura e do toque” e “conteúdos de qualidade” e deu como referência a iniciativa ‘O Vídeo do Papa’.
O diretor do jornal ‘Folha do Domingo’, Samuel Mendonça, abordou as especificidades das redes sociais Twitter, Facebook e Instagram, com exemplos de aplicação e algumas ferramentas para as usar e o jurista Luís Santos abordou questões legais do uso dos canais digitais de comunicação, como direitos de autor das imagens, e a nova lei do Regime Geral de Proteção de Dados.
O jornal diocesano informa que o bispo do Algarve participou na formação com mais oito pessoas das paróquias da Fuseta, Moncarapacho, Pechão, São Pedro de Faro, Silves e Tavira, do vicariato do Siroco (Olhão) e do Movimento dos Focolares.
CB