Faro, 30 dez 2014 (Ecclesia) – O Conselho Presbiteral, da Diocese do Algarve enunciou e explicou em comunicado, depois da última assembleia, os vários assuntos analisados onde se destaca a “necessidade de retomar o caminho de chamamento, formação e ordenação de novos Diáconos Permanentes”.
“Os ‘candidatos a candidatos’ devem ser chamados de acordo com as suas características e disponibilidade para as necessidades pastorais paroquiais, mas também diocesanas”, revela o Conselho Presbiteral algarvio.
O comunicado enviado ao jornal diocesano ‘Folha do Domingo’ informa que o Secretariado Permanente deste órgão, constituído por um moderador, um secretário e um vogal, foi “encarregado de estudar a forma de chamamento, os requisitos, o acompanhamento espiritual e o plano de formação” dos candidatos a diáconos permanentes.
O diaconado é o primeiro dos três graus do sacramento da Ordem ao qual podem ser admitidos homens casados e de modo especial dedica-se ao serviço da caridade e da administração dos bens da Igreja.
O pontifical da ordenação dos diáconos revela que a este é-lhe próprio: “Administrar o batismo; guardar e distribuir a Eucaristia; assistir ao Matrimónio e abençoá-lo em nome da Igreja; levar o viático aos moribundos; ler a Sagrada Escritura aos fiéis; administrar sacramentais; instruir e exortar o povo; presidir ao culto e à oração dos fiéis; presidir aos ritos do funeral e sepultura.”
Atualmente a Diocese do Algarve conta com sete diáconos permanentes todos casados, o último foi ordenado em 2012 e os primeiros seis em 2000.
Neste contexto de serviço aos cristãos, o Conselho Presbiteral analisou a “melhor forma de acompanhar” alguns sacerdotes “debilitados pela doença ou pela idade”, que ainda estão em exercício e aposentados, tendo presente a situação do Instituto de Sustentação do Clero e a sua comissão.
Outro tópico abordado na última assembleia foi a formação permanente do clero tendo sido considerado “importante” realizar encontros com “temáticas pastorais concretas e decorrentes do quotidiano da vida e ministério do presbítero” uma vez que as Jornadas de Atualização do Clero “têm uma dimensão mais teológica”.
Para o primeiro trimestre do próximo ano pastoral foi pedido, ao padre Pedro Manuel, a apresentação de propostas sobre “Acolhimento e atendimento Pastoral” e “Acompanhamento das famílias em situações de crise”.
Na reunião com o bispo do Algarve foi também defendida a revisão dos órgãos e estruturas diocesanas de pastoral e o prelado nomeou o Secretariado Permanente desta revisão.
“Há necessidade de rever a estrutura e efetivo funcionamento da Cúria e dos Serviços Diocesanos de Pastoral para que correspondam cada vez melhor à dimensão missionária e evangelizadora pedida pelo Papa Francisco”, escreve no comunicado o Conselho Presbiteral.
Em relação ao encerramento da Rádio Costa D’Oiro, que pertencia à Diocese do Algarve e tinha como associadas diversas paróquias, o conselho revelou que a “alienação” da emissora com mais de 20 anos deve-se à sua “inviabilidade económica”.
“Pela diminuição da publicidade, pelo não cumprimento dos compromissos financeiros das diferentes autarquias e pelas dificuldades das paróquias proprietárias”, exemplifica.
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