Alenquer: Congresso Internacional estuda culto ao Espírito Santo no local onde nasceu

Projeto científico e cultural quer promover uma «globalização com rosto humano»

Alenquer, Lisboa, 17 out 2015 (Ecclesia) – O presidente da Câmara Municipal de Alenquer afirmou hoje à Agência ECCLESIA que o Congresso Internacional do Espírito Santo, que associa universidades, confrarias e autarquias, vai “acrescentar saber” a um culto a partir do local onde nasceu.

“O Congresso Internacional do Espírito Santo vai trazer o culto ao local onde ele nasceu, não só a parte iconográfica, mas também a científica. Há vários estudos já feitos, pouco conhecidos, e penso que vamos acrescentar saber a este culto”, afirmou Pedro Folgado na apresentação deste projeto.

O Congresso Internacional do Espírito Santo (CIES), intitulado “Génese, evolução e atualidade da utopia da fraternidade universal”, vai decorrer em Coimbra, Lisboa e Alenquer, entre junho e setembro de 2016.

Para Pedro Folgado, o CIES, que vai terminar em Alenquer nos dias 16, 18 e 18 de setembro de 2016, é uma oportunidade para mostrar às pessoas que gostam e estudam o culto ao Espírito Santo que, no local onde nasceu, “faz a diferença em relação ao resto do mundo”.

O CIES, que decorre em Coimbra nos dias 16 e 17 de junho, em Lisboa a 14 e 15 de setembro e depois em Alenquer, vai assinalar os 800 anos da Fundação dos Franciscanos, os 500 anos da beatificação da Rainha Santa Isabel, da ‘Utopia’ de Thomas Morus e do primeiro compromisso impresso das Misericórdias e os 300 anos da Fundação do Patriarcado de Lisboa.

José Eduardo Franco, presidente da Comissão Organizadora do CIES, considera que a realização científica e cultural que o projeto vai promover é uma oportunidade para construir uma “globalização com rosto humano”.

“A globalização com rosto humano é uma globalização que deve ser construída à luz da utopia da fraternidade universal, que é uma utopia de marca cristã, foi pensada e traduzida nas tradições do Espírito Santo na cultura portuguesa, que é a que tem mais experiência de relação com a globalização, uma vez que Portugal é pioneiro da globalização”, afirmou o historiador.

Para José Eduardo Franco, para “educar para uma globalização de rosto humano” é necessário ter em conta cinco princípios: o “sentido de raiz”, de pertença a uma identidade; de hospitalidade, de “acolhimento do outro global”; de solidariedade “global e local”; e de transcendência.

“A vocação para a divinização do homem passa por ser entendido não como um ser rasteiro, mas com o sentido para a transcendência que passa pela missão fundamental que lhe foi dada pelo criador, que é cuidar da criação”, referiu o presidente da Comissão Organizadora do CIES.

Para o presidente da Confraria da Rainha Santa Isabel, instituição que promove o CIES com a Câmara Municipal de Alenquer, a concretização deste projeto vai assinalar os 500 anos da beatificação da Rainha Santa Isabel com um propósito “científico e pastoral”.

António Rebelo lembrou que o CIES vai decorrer durante o Jubileu do Ano da Misericórdia e é uma forma de “contribuir para a edificação espiritual” dos irmãos da confraria e de quem venera a Rainda Santa Isabel, em Coimbra.

PR

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