Colónia, Alemanha, 18 jul 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco e o seu predecessor, Bento XVI, enviaram mensagens para o funeral do cardeal alemão D. Joachim Meisner, arcebispo emérito de Colónia, sepultado este sábado na cidade alemã.
A mensagem de Francisco foi liga pelo núncio apostólico em Berlim, D. Nikola Eterovi?, elogiando o “corajoso empenho” do falecido cardeal em defesa da fé e da Igreja, em particular durante o período da separação alemã.
Já a mensagem do Papa emérito Bento XVI foi transmitida pelo seu secretário e atual prefeito da Casa Pontifícia, D. Georg Gänswein.
O texto, divulgado online pela Fundação Joseph Ratzinger, recorda uma conversa telefónica entre Bento XVI e D. Joachim Meisner na véspera da morte do cardeal, falecido no dia 5 de julho, aos 83 anos.
O Papa emérito recorda o “grande amor” do antigo arcebispo de Colónia pelas Igrejas do Leste da Europa, vítimas da “perseguição comunista”.
A mensagem fala num “pastor apaixonado e pai espiritual” que viveu “num momento em que a Igreja tem necessidade de pastores convincentes e que saibam resistir à ditadura do espírito do tempo”.
“Comove-me que (…) tenha sabido viver o último período da sua vida com a certeza profunda de que o Senhor não abandona a sua Igreja, ainda que às vezes a barca esteja prestes a virar-se”, escreve Bento XVI.
A imagem da Igreja como uma barca que enfrenta “tempestades” é recorrente no pensamento do agora Papa emérito, que usou estes termos em outubro de 2012, na abertura do Ano da Fé, por ocasião do 50.º aniversário do Concílio Vaticano II (1962-1965) ou no ângelus de 7 de agosto de 2011.
Nessa ocasião, Bento XVI disse que “o mar simboliza a vida presente, a instabilidade do mundo visível; a tempestade indica todos os tipos de tribulação, de dificuldade que oprime o homem. A barca, pelo contrário, representa a Igreja construída por Cristo e norteada pelos Apóstolos”.
O então cardeal Joseph Ratzinger falou da barca “agitada” do pensamento cristão na Missa que antecedeu o Conclave que o viria a escolher como sucessor de São João Paulo II, em abril de 2005.
Aquando da sua renúncia ao pontificado, a 11 de fevereiro de 2013, o Papa alemão também se referiu à Igreja como “a barca de São Pedro”.
OC