AIS envia ajuda de emergência para o Congo

Fundação católica lembra «Genocídio Silencioso» e alerta para a situação dos campos de refugiados A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) enviou uma ajuda de emergência às populações da República Democrática do Congo, num total de 20 mil Euros, e lançou uma campanha intitulada “Genocídio Silencioso – República Democrática do Congo”, com o intuito de ajudar as pessoas dos campos de refugiados. “Há muito que a AIS tem vindo a apoiar vários projectos no Congo e continua a não ficar indiferente a esta atrocidade humana”, refere a secção portuguesa da organização católica, dependente da Santa Sé. Num relatório sobre a situação no país africano, a AIS lembra que o maior conflito da humanidade desde a II Guerra Mundial decorre há décadas na República Democrática do Congo, antigo Zaire, e já provocou milhões de mortes, num cenário permanente de violência que não conhece tréguas. Segundo fontes humanitárias, nos últimos meses os combates entre as Forças Armadas da R.D. Congo e os rebeldes do general Laurent Nkunda provocaram centenas de mortos, cerca de 250 mil desalojados e mais de 1,2 milhões de deslocados. As condições nos campos de deslocados internos são precárias, insuficientes para dar resposta aos que estão e aos que chegam, em grande número, todos os dias. Mas são também inúmeros aqueles que não chegam, que se encontram espalhados em zonas sob o controlo dos grupos armados, em áreas onde as agências humanitárias não conseguem aceder. A Fundação AIS relata que “em Outubro passado chegou-nos um pedido de ajuda vindo da Paróquia de Santo Aloys de Rutshuru, em Kivu Norte, onde se têm registado bastantes atentados à vida humana e cuja população corre mesmo o risco de vir a ser abandonada pela comunidade internacional”. Para a organização católica, devido ao grande sofrimento que afecta todos os deslocados, é imperativa uma intervenção de emergência. “As necessidades são inúmeras. Os mais carenciados são as crianças e as mulheres. Entre outros há falta de água e de alimentos, medicamentos, cobertores, utensílios para cozinhar, artigos de higiene, para além do vestuário e do material escolar. No momento não é possível calcular os custos para obter estes bens, mas são mais de 890 famílias que se encontram sem abrigo e sem alimento”, indica o relatório. A AIS adianta que algumas famílias foram acolhidas pela população local e com ela partilham os sofrimentos e provações actuais. Existe um comité a trabalhar em cooperação com os Padres Palotinos que se encarregará da organização e distribuição das ajudas recebidas. Departamento de Informação da Fundação AIS

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