«Agentes pastorais não devem trabalhar sozinhos»

Os agentes pastorais, especialmente os catequistas, não devem trabalhar por conta própria mas sim em comunhão com o pároco, a comunidade paroquial e toda a Igreja. Esta foi uma das conclusão do encontro de catequistas da Zona Pastoral da Cidade de Braga, no passado Sábado. Foi deixado aos catequistas o desafio de desempenharem a sua missão como o Apóstolo dos gentios porque, durante a sua actividade evangelizadora, S. Paulo procurou sempre não o seu próprio bem mas o da Igreja. O Pe Hermenegildo Faria, pároco de Real, defendeu que os catequistas não trabalham por conta própria uma vez que «o anúncio do Evangelho não depende de uma pessoa mas de toda a comunidade e da Igreja. Como “Paulo não trabalhou por conta própria, mas ao serviço do Evangelho e da Igreja”, assim os catequistas se devem situar em relação à sua missão. Aliás, “todos os que têm alguma autoridade na Igreja e todos aqueles que são chamados a gerir tensões deviam seguir o exemplo de S. Paulo”. No encontro que decorreu no Centro Cultural e Pastoral, foram apresentados os resultados do trabalho realizado no ano passado sobre o Directório Geral da Catequese (DGC) e apresentadas duas conferências sobre S. Paulo, nas quais foi apelidado de modelo de catequista. O padre Domingos Paulo Oliveira, responsável pelo Secretariado da Catequese ao nível da Zona Pastoral da Cidade, referiu que a actividade pensada e programada para todos os catequistas, durante este ano, tem como finalidade e objecto o aprofundamento da vida e da obra do “Apóstolo dos gentios”. O Apóstolo será, durante este ano, «guia nos caminhos da escuta da Palavra e no alargar esta mesma Palavra para além das cómodas fronteiras das salas de catequese», disse. Neste sentido, a equipa responsável pela catequese ao nível da cidade pretende que mais que um estudo bíblico, esta iniciativa pastoral seja capaz de provocar a «paixão pela leitura da Palavra de Deus e comprometa na vivência da mensagem de Jesus Cristo». Para o também pároco da Sé e de S. João de Souto – com o cónego Manuel Joaquim Costa – o objectivo geral da proposta de trabalho para este ano pastoral passa por fomentar, igualmente, um maior relacionamento interpessoal entre catequistas das paróquias da cidade, a partir do estudo aturado das cartas de S. Paulo. O sacerdote defende que esta iniciativa tem a vantagem de colocar os catequistas a trabalhar interparoquialmente. E, além do mais, considera que este tipo de trabalho pode, porventura, ser alargado a outros sectores da pastoral e a outros movimentos, em especial em zonas citadinas. Este relacionamento interpessoal será concretizado por meio da promoção do conhecimento interparoquial das estruturas, sistemas e organizações catequéticas, pela partilha de conhecimentos adquiridos sobre as cartas paulinas, pela promoção do acolhimento na paróquia aos catequistas visitantes, e finalmente, por meio de celebrações e momentos de oração com os catequistas visitantes. O encontro começou pela apresentação dos trabalhos sobre o DGC que foram elaborados pelos catequistas de Santo Adrião, Ferreiros, S. Vicente, Sé (Patronato e Visitação), S. João de Souto, Cividade, Maximinos, S. Lázaro e S. Victor. Esta pequena publicação foi dada aos catequistas que estiveram presentes no encontro, mas, também, será disponibilizada aos que não estiveram. Seguidamente, o padre João Alberto Correia, pároco de Frossos, e o padre Hermenigildo Faria, pároco de Real, apresentaram duas conferências sobre S. Paulo no intuito de dar luzes e pistas aos catequistas, pensando já na actividade pastoral deste ano. Os presentes aproveitaram a oportunidade para colocarem aos dois sacerdotes, formadas em Bíblia, as suas questões e dúvidas. De realçar, que a questão da terminologia em relação à chamada conversão de S. Paulo foi uma das mais debatidas. Redacção/Diário do Minho

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