África: Missionário de 34 anos morreu após ter «sido alvejado» na capital do Burquina Faso

Ouagadougou, 03 abr 2023 (Ecclesia) – Moses Sense Simukonde, missionário de 34 anos, morreu após ter sido alvejado no dia 29 de março, na capital do Burquina Faso, informou a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

“O jovem missionário viajava num veículo que passava na ocasião pelo local e terá sido alvejado, embora se desconheçam ainda pormenores do que terá acontecido”, explica o secretariado português da AIS, numa nota enviada hoje à Agência ECCLESIA.

Moses Sense Simukonde, de 34 anos de idade, “foi morto a tiro por militares que, alegadamente, tentavam impedir um indivíduo de ultrapassar uma zona de segurança” em Ouagadougou, capital do Burquina Faso.

O jovem natural da Zâmbia, que nasceu a 28 de junho de 1988, em Monze, era missionário há seis anos, trabalhando na casa de acolhimento dos Padres Brancos, os Missionários de África.

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre assinala que Moses Sense Simukonde é o “segundo elemento da Igreja” que perde a vida de “forma violenta neste país de África”, desde o início deste ano, depois do assassinato do padre Jacques Yaro Zerbo, de 67 anos de idade, por “homens armados em Soro, na região noroeste do país”, no dia 2 de janeiro.

O Burquina Faso tem vindo a ser “palco de violência, principalmente desde 2011”, e atravessa um “período de instabilidade” devido a sucessivos golpes militares, o último no dia 30 de setembro de 2022, “apenas oito meses após” o anterior.

Segundo a organização internacional da Igreja Católica, quando a Líbia “mergulhou na anarquia”, após a queda do regime de Gaddafi, que governou esse país de 1969 a 2011; “quase em simultâneo”, a região norte do Mali “caiu também nas mãos de grupos radicais islâmicos”.

“O ambiente de insegurança que se vive neste país não é indiferente às atividades terroristas, quase sempre com a marca do Islão radical, que sobressaltam também países vizinhos como o Níger ou a Nigéria. Em toda esta vasta região de África estão ativos diversos grupos jihadistas ligados à Al Qaeda ou ao Isis, o Estado Islâmico”, explica a AIS.

CB/OC

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