África: Missionária suíça raptada por militantes islâmicos

Lisboa, 28 jan 2016 (Ecclesia) – A missionária suíça Beatrice Stockly foi raptada pela segunda vez no Mali e apareceu esta quarta-feira vestida de forma tradicional muçulmana, num vídeo da Al-Qaeda do Magrebe Islâmico (AQMI) acusada de declarar «guerra ao Islão».

“Beatrice Stockly é uma freira suíça que declarou guerra ao Islão procurando cristianizar os muçulmanos”, afirma um dos elementos do grupo terrorista no vídeo com cerca de oito minutos, que mostra ainda um grupo de homens armados, divulga a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

Para libertarem a religiosa, o grupo AQMI quer a libertação de combatentes da Al-Qaeda do Magrebe Islâmico presos no Mali e de um de seus líderes, Abu Tourab, detido às ordens do Tribunal Penal Internacional, em Haia.

Segundo a AIS, numa primeira reação ao anúncio as autoridades suíças “exigiram a imediata libertação incondicional” de Beatrice Stockly.

No vídeo da Al-Qaeda do Magrebe Islâmico agora divulgado, a freira suíça aparece vestida com um “hijab” preto e as imagens têm a data de 19 janeiro.

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre contextualiza que o Mali “continua a ser um terreno fértil” para a atuação de grupos armados, apesar da intervenção militar francesa, em 2013.

A religiosa de nacionalidade suíça foi raptada no início do mês, a 7 de janeiro, e já tinha sido raptada por militantes islamitas em 2012, quando estava em Timbuktu, no norte do Mali, e foi libertada após uma intervenção militar de forças especiais

A Fundação pontifícia AIS informa que o grupo AQMI tem ainda reféns “um casal australiano, um sul-africano e um sueco”.

AIS/CB

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