Missionário italiano foi raptado há um ano por militantes jihadistas
Lisboa, 17 set 2019 (Ecclesia) – O padre Walter Maccalli, da Sociedade das Missões Africanas, afirma que mantêm a “esperança” pela “libertação” do seu irmão, e também sacerdote, Pier Luigi Maccalli que foi raptado por um grupo jihadista, há um ano, no Níger.
“Sabemos que são coisas longas, que demoram tempo, mas esperamos com fé e paciência, pela sua libertação. As orações que fazemos diariamente na nossa aldeia são com essa esperança. Há muitas pessoas que estão a rezar”, disse o padre Walter Maccalli, à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
Na informação enviada à Agência ECCLESIA, o sacerdote assinalou que o seu irmão “fazia o bem antes, na missão de Bomoanga”, e acredita que “continua a fazer nesta nova missão”, depois dos “primeiros momentos de tensão e dos temores da prisão, encontrou uma resposta na oração”.
“Ser missionário do fundo do coração, exercitando o seu ministério com fidelidade e compaixão, como sempre o fez na comunidade, fazendo o bem, ajudando os companheiros de cela, [tendo] uma boa palavra para os seus raptores, cuidando e confortando aqueles que estão doentes”, exemplificou.
Por isso, “a esperança é a libertação” do missionário Pier Luigi Maccalli, raptado a 17 de setembro de 2018, e pensa que as suas maiores dificuldades serão, “certamente”, não poder celebrar a Eucaristia e o afastamento da família e dos amigos.
O padre Walter Maccalli revela que está a viver esta data com “um estado de ânimo que não pode ser descrito em palavras”, pela “realidade que é experimentada na pele”.
Segundo o missionário italiano na sua comunidade paroquial em Madignano, na Libéria, rezam “o santo rosário todos os dias”, como em “muitas paróquias da diocese” e é também na oração diária e na “solidariedade e apoio dos confrades” que o missionário ganha ânimo.
“Há uma oração que rezamos juntos em comunidade, em Foya, na Libéria: ‘Jesus free Fr. Pier Luigi, from is captivity and bring him back home safely’ [Jesus liberta Fr. Pier Luigi do seu cativeiro e trá-lo para casa em segurança] E depois há outras frases, palavras, que saem do coração: ‘Que esta realidade possa terminar, Senhor’”, exemplificou.
Segundo padre Walter Maccalli há um ano, desde o dia do rapto do irmão, que, “infelizmente, não” têm notícias” e as que são divulgadas “pelos jornalistas nada mais são do que suposições que não tiveram confirmação”.
A fundação pontifícia AIS observa que o missionário italiano “não está também imune a possíveis ataques jihadistas”, como aconteceu ao seu irmão.
“Quando estamos em missão não estamos a olhar o perigo, temos um compromisso importante que é anunciar o Evangelho. Importante é realizar a própria missão”, afirmou o sacerdote que está numa missão que conta com a missionária leiga portuguesa Alexandra Almeida, da Paróquia de Famões, no Patriarcado de Lisboa.
A 17 de maio, o Papa Francisco recebeu em audiência membros da Sociedade das Missões Africanas e o encontro ficou também marcado por um momento de oração pelo padre Pierluigi Maccalli.
CB