Bento XVI afirmou que a África deve ser uma prioridade para a Igreja Católica. Num encontro de oração com jovens universitários da Europa e do continente africano, que decorreu este sábado, o Papa sublinhou a necessidade de impulsionar o humanismo cristão como via de cooperação entre o continente europeu e o africano. Jovens de várias cidades ligaram-se, via satélite, com o Vaticano, num encontro subordinado ao tema “Humanismo cristão para uma nova via de cooperação entre a Europa e a África”. Bento XVI abraçou “afectuosamente” as “queridas populações africanas”, defendendo a necessidade de estabelecer “pontes fraternas” entre a Europa e África. Em discurso dirigido aos universitários, frisou que a chave para construir um mundo mais justo é a verdade fundamental da fé cristã, “Deus é amor”. Simbolicamente, no final desta iniciativa, durante a qual se rezou o Rosário, o Papa entregou simbolicamente sua primeira encíclica “Deus caritas est” a alguns dos representantes dos jovens. “Gostaria de entregá-la (a encíclica) a todos os universitários da Europa e da África, com o desejo de que a verdade fundamental da fé cristã ilumine o caminho de cada um de vós e se irradie através de vosso testemunho a vossos companheiros de estudo”, afirmou. A vigília mariana é uma iniciativa que, como recordou o Papa, era muito querida a João Paulo II, promovida com o objectivo de “estender pontes de fraternidade entre os jovens universitários da Europa, até tocar o grande continente africano, para que cresça a comunhão entre as novas gerações e se difunda a civilização do amor”. No início deste mês, Bento XVI denunciou que a “África continua a ser alvo de abusos das grandes potências”, num discurso dirigido aos párocos de Roma. O Papa assegurou que, em lugares como a República Democrática do Congo, a Igreja é “a única instituição que funciona” e que “garante a convivência”. Segundo Bento XVI, a África ainda é “um continente de grande esperança e de grande fé”.