Advento: «Queremos que o Natal seja um berço que humaniza» – Arcebispo de Braga (c/vídeo)

D. Jorge Ortiga pede gestos de «ternura» das «pequena ações» que marcam o quotidiano

Braga, 29 nov 2019 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga propõe para o período de Advento, este ano entre 1 e 24 de dezembro, relações pautadas pela “ternura” e humanização, fazendo descobrir o Natal como “um berço que humaniza”.

“Penso que é imperioso reforçar o dever de levar a ternura (aos) encontros para depois a transportar para o quotidiano com pequenas ações concretas. Precisamos de estimular uma felicidade criativa que nos obrigue a reconhecer a importância dos pequenos gestos, na alegria de mostrar que a fidelidade se tece sempre no plural”, escreveu D. Jorge Ortiga numa mensagem de Avento divulgada na página da internet da Arquidiocese de Braga.

Para o arcebispo de Braga, é necessário recuperar a ternura como “verdadeiro motor de humanização dos relacionamentos”, num mundo que “desconsidera a vida”, promove comportamentos violentos”, “num mundo de relações meramente protocolares e muito frias, que ignora as necessidades dos outros”.

D. Jorge Ortiga pede que se invista no “verdadeiro humanismo”, residente na “oblação, na entrega desinteressada e persistente, na certeza de que se recebe muito mais quando se a vida”, contra um relacionamento “demasiado formal” que esquece o “espontâneo”,

“Nesta criatividade cristã descobrimos que na medida em que damos amor também o recebemos. É uma lógica contrária à mentalidade corrente de exigir para adquirir”, escreve.

O arcebispo de Braga alerta para “atitudes consumistas” desta quadra, criticando a “aquisição de bens e prendas” que ameaçam “transformar a grande festa natalícia num simples convívio familiar e descartando o profundo significado desta época”.

A “descoberta do fundamental” deve nortear” as opções no “itinerário do Advento”, sublinha.

D. Jorge Ortiga sugere que “a alegria do Natal está no encontro com Cristo” e, como consequência disso, a humanização das relações entre as pessoas”.

“Queremos que o Natal seja um berço que humaniza”, sublinha, propondo as “tradições” a preservar e os encontros familiares.

“A Arquidiocese de Braga, olhando para o Natal, quer sublinhar que com pequenos gestos, e tantos podem ser realizados nos contextos das famílias, das empresas, dos comércios, dos estabelecimentos, das comunidades paroquiais, podemos gerar esperança, tornando-nos um berço que humaniza”, afirma.

LS

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Agência ECCLESIA

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