Advento: Arcebispo de Braga convida a maior atenção com a realidade social

D. Jorge Ortiga propõe quatro palavras-chave para as semanas que antecedem o Natal

Braga, 27 nov 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga publicou hoje a mensagem para o tempo de Advento onde convida os diocesanos a estarem atentos à realidade social e a serem “companheiros de viagem” para fazerem a “experiência da parentalidade universal”.

“Poucas circunstâncias como o nascimento de uma criança têm o poder de transformar a vida e a identidade das pessoas”, escreve D. Jorge Ortiga na mensagem intitulada ‘Advento Social para Natal Cristão’.

O documento enviado à Agência ECCLESIA, o prelado explica que a “experiência da parentalidade universal”, que convida todos a fazer, é a experiência de um “olhar a perder-se no tempo para um menino que é ternura, paixão, reconciliação e esperança”.

Por isso, para cada uma das quatro semanas do tempo do Advento, que começa este domingo, o arcebispo de Braga, propõe o “património do cristianismo e da humanidade” em quatro palavras: “Descoberta; encontro; alegria e pão.”

D. Jorge Ortiga, sobre a ‘descoberta’, explica que o Advento é o “tempo para atingir o coração pela imaginação”, que é também “desejo, antecipação e o ensaio de novas realidades”.

O prelado interroga-se sobre a realidade de Portugal “sem a bravura nos navegadores e a ciência sem o rasgo dos visionários” ou a sociedade atual se cada um “não tiver também a imaginação dos grandes”.

Depois, os fiéis são desafiados a encontrarem-se e a redescobrirem o próximo – ” o vizinho, o colega de trabalho, o familiar” -, e a prever as suas “necessidades materiais e espirituais”.

“Uma sociedade que vive do anonimato está, ela própria, destinada ao esquecimento”, alerta o arcebispo de Braga, que convida cada um a saber o nome do seu próximo.

“Alegria” e “pão” são a terceira e quarta palavra propostas para o caminho que conduz ao Natal, revela a mensagem publicado no sítio online da Arquidiocese de Braga.

Para D. Jorge Ortiga, “dar” é o verbo da “alegria e tem efeitos multiplicadores” mas as pessoas têm de ter capacidade de o fazer “desinteressada e apaixonadamente”.

“Experimentamos uma alegria que nada nem ninguém nos pode oferecer”, acrescenta.

“Belém significa ‘casa do pão’”, por isso a Arquidiocese de Braga é desafiada a lembrar-se de “quem não tem pão”, de modo particular, “os pobres, marginalizados e sem-abrigo”.

“Mas também daqueles que, sendo ricos, falta-lhes algo”, observa recordando uma oração tradicional que se reza nas refeições: “Dai, Senhor, pão a quem tem fome e fome de justiça a quem tem pão”.

No final da mensagem D. Jorge Ortiga pediu ainda que o Advento “dê esta fome de justiça – até de justiça social” – para que a alegria na arquidiocese “seja completa”.

CB

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