Uma “bênção”, para o galardoado; um reconhecimento pela “acção e pensamento” criativos, para o júri que o atribuiu.
Adriano Moreira recebeu, esta tarde, o "Prémio de Cultura Árvore da Vida – Pe. Manuel Antunes. Um galardão atribuído pela Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, através do seu Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, e em parceria com a Rádio Renascença.
Para o júri, "a edição recente do volume de memórias «A Espuma do Tempo – Memórias do Tempo de Vésperas» oferece-nos a oportunidade para distinguir com o Prémio «Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes» o percurso intelectual e cívico de uma figura que tem qualificadamente contribuído para a dignificação da vida pública portuguesa".
D. Manuel Clemente, Presidente de Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, sublinhou a decisão do júri assim relatada em acta na sessão de entrega do prémio e recordou uma consistência que "não é habitual", mas que se reconhece em Adriano Moreira, mantendo "linhas de pensamento e de acção tão juvenilmente criativas", mesmo entre mudanças de regime.
"O prémio que lhe entregamos assinala o muito que lhe devemos", referiu o Bispo do Porto, valorizando sobretudo a consolidação criativa do galardoado.
Um prémio, uma bênção
Adriano Moreira, disse aceitar este prémio "com muita humildade". Em entrevista à Agência Ecclesia, sublinhara recentemente que este prémio é uma bênção. Ao receber a notícia, transmitida pelo Bispo do Porto, disse-lhe: "obrigado pela bênção". "Primeiro comoveu-me e foi absolutamente inesperado este galardão. Há muita generosidade nessa decisão. Não deixa de ser reconfortante que a pessoa seja distinguida sob a égide da lembrança do Pe. Manuel Antunes", refere nesta entrevista em que recorda feitos e rupturas do seu percurso de vida.
Na comunicação que transmitiu após receber o galardão, Adriano Moreira referiu-se à "crise de valores em que vivemos, que não pode ser paroquial: é uma crise europeia, ocidental, mundial" e exige esperanças ao jeito do Pe. Manuel Antunes, o patrono deste prémio, e políticas e protagonismos novos, de que é exemplo, para Adriano Moreira, o Papa João Paulo II.
Prémio Pe. Manuel Antunes
O Júri do Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes teve a seguinte composição: D. Manuel Clemente, Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais; João Aguiar, Presidente do Conselho de Gerência da Rádio Renascença; Maria Teresa Dias Furtado, Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; António Vaz Pinto sj, Director da Revista "Brotéria"; José Tolentino Mendonça, Director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
Esta é a quinta atribuição do «Prémio de Cultura Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes», instituído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura em parceria com a Rádio Renascença, e que, nas edições anteriores, distinguiu o poeta Fernando Echevarria, o cientista Luís Archer s.j., o cineasta Manoel de Oliveira e a Professora de Estudos Clássicos Maria Helena da Rocha Pereira.